domingo, 4 de novembro de 2018

How I Met Your Mother - resenha

Eles são desbocados, não se importam com o que os outros pensam (ou quase) e adoram beber.

São nova-iorquinos de coração e alma e tentam mostrar como é ser um nova-iorquino padrão.

Durante nove temporadas vamos ver não como Ted conheceu sua esposa, mãe de seus filhos, mas como ele se virava na encontro com as "erradas". 

Enquanto isso vamos conhecendo personagens bem diversos, amigos de Ted: o cara bonzinho da cidade pequena que não quer deixar seus hábitos de "caipira" para trás (Marshall); sua namorada (Lily) que é a nova-iorquina por excelência, natural de lá, que adora comprar roupas e botas e demais acessórios femininos e que sempre tem um conselho para dar; o cara nova-iorquino também natural de lá que é o garanhão da turma (Barney) e a imigrante canadense, que faz o tipo não me apego a nada nem a ninguém (Robin). 

Ted é o cara excêntrico da turma, gosta de citar em italiano A Divina Comédia e ganha terríveis vaias dos amigos; é o sonhador que constantemente acha que a garota atual é "a" garota que tanto espera, mas não vai ser um romântico apenas porque ele também sabe ser o nova-iorquino que gosta de ficar por ficar e arrumar encrenca com as mulheres.

O que mais me chamou a atenção na série é que eles não têm papas nas línguas e falam o que deve ser dito ao outro. Algo como acontecia em Seinfeld só que de forma mais drástica, usando até palavrões ou palavras de baixo calão, como quando Lily percebia que a história não estava correta, que faltava algo, e perguntava pra Robin ou pra Ted: "where's the poop?".
Ou quando se tratavam com pancada, o caso dos vários tapas na cara que Barney levou de Marshall por conta de uma aposta.

Eles são realmente cínicos e se tratam por "bitch", algo que não aconteceria alguns anos atrás se fosse em Friends. Nunca você veria um deles tratar os amigos assim e sempre com carinho. Um carinho falso depois que você assiste How I Met... Porque afinal de contas, às vezes, você precisa chamar seu amigo na chincha e dizer umas verdades.
Não há problema em falar sobre fazer o número dois e mandar a foto pros amigos só para identificar alguma formação - como outros veriam só nas nuvens rsrs 

A amizade deles também é importante, seguram a barra um dos outros, mas nunca deixam de falar a verdade.

Em um episódio estão numa cafeteria, como em Friends e dizem que não tem graça ficar ali, o mais legal seria voltar ao bar e é o que fazem em todos os episódios: sempre vão se encontrar no MacLarens' na mesa cativa.
Ir pro bar é outra diferença que marca a série, acredito eu, não é mais a lanchonete de Seinfeld, nem a cafeteria de Friends. Eles podem falar sobre bebida alcóolica e sobre suas ressacas homéricas. Ficam mais próximos da realidade nova-iorquina? Talvez, acredito que sim.

Os envolvimentos amorosos dão o toque na série, e há o triângulo amoroso Ted-Robin-Barney que não deixa de rolar e mesmo assim continuam amigos. Mesmo que isso vá contra o que seria normal: perderem a amizade.

Neil Patrick Harrys, como Barney Stison, rouba a série. De mulherengo escroto, na primeira temporada, se transforma em um cara legal, apesar de querer pegar todas as garotas que aparecem em sua frente... não há como não se simpatizar aos poucos com ele e imitar seu "legen... wait for it... dary!".

A série é bem bacana e merece ser vista, assim que terminei de ver toda, revi novamente porque gostei muito e queria degustar um pouco mais de tudo.

Gostei da linguagem e achei verdadeira, real, como se relacionam e como são contadas as coisas. Vale a pena. Assistiria uma terceira vez seguida, mas seria um pouco demais pra quem tem o computador cheio de séries na fila pra ver rs

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Shows que vi em 2017

Em 2017 vi poucos shows, perto de outros anos, espero que em 2018 eu veja muito mais!

Vamos lá!

126 - Alceu Valença e banda Maluco Beleza (03/02/2017 - Parque do Ibirapuera)

Nunca gostei de Carnaval, mas resolvi ir ver como é um Bloco quase de rua, vi Alceu Valença e a Banda Maluco Beleza em pleno Parque do Ibirapuera num sábado de sol escaldante, valeu muito a pena descobrir qual é a sensação de se estar num bloco de rua. (não achei as fotos)


Jake Bugg - número 127 -  (09/03/2017 - Citibank Hall)

Estranho estar no meio de tanta molecada, de tanta menina histérica, realmente, não esperava isso do show do Jake. Claro, ele é super novo e vai ter um público novo, mas eu realmente estranhei o quanto algumas meninas queriam fazer o papel de groupie rs
O show foi muito bom, ele é carismático e toca com muita concentração, ou seria timidez? Como inglês eu não duvido de nada que seja timidez!



Lollapalooza - dia 26 de março de 2017 - Autódromo de Interlagos

Fui a Lollapalloza porque queria ver o Duran Duran -128 - que não fez nenhum show avulso em São Paulo, então me senti obrigada a ir até Interlagos, aquela canseira. Estava simplesmente lotado e vi bem de longe a banda. Cantaram grandes sucessos, todo mundo cantou junto, pulou, mas não cantaram Save a Prayer, um verdadeiro crime que me deixou muito chateada com a banda.




Já que estava lá, vi o Two Door Cinema Club - 129 -, que acho bem legal e que até fiquei ouvindo as músicas deles no Spotify pra não fazer feio. Vi de longe também, mas ouvi as preferidas e eles têm uma excelente presença de palco.


Ficamos pra ver The Strokes (130), essa vimos mais de perto. E foi um grande show tocando as princpais e mais queridas do público, dessa vez o Julian não estava tão chato como a vez  que o vi no Lollapalooza cantando solo. Foi um show muito bom que valeu muito a pena. Só não tocaram You only live once, esperadíssima!


Bryan Adams  - 131 - 30 de abril, Citibank Hall
Um dos shows que quase não fui, decidi no dia e consegui um lugarzinho no altão com uma visão meio que prejudicada, mas talvez tenha sido um dos melhores shows que vi no ano!
Bryan Adams tocou todos os sucessos de sua carreira, não ficou nenhum de fora.  O canadense tem muito pique e é muito simpático com a plateia. Valeu muito ter ido!



Em 06 de maio vi no Allianz Parque (ou Park)? Joe Summer 132  e The Last Bandoleros 133 que abriram para ninguém menos que Sting 134.
Joe Summer é filho do Sting e se apresentou primeiro, cantou Bowie e fez uma passagem rápida com direito a backing vocal do pai. Já os Bandoleros puseram a plateia pra dançar, um som bem animado e muito bom.

O que falar de Sting? Era um sonho antigo vê-lo e esperava por mais músicas do Police, não foram muitas, mas Every breath you take foi tocada e levou o público a loucura. Achei o show morno, ainda não superou o carisma de Bryan Adams. Acho que essa comparação da presença de palco é que estragou as coisas, o canadense era muito mais dado ao público, já o inglês, mais contido. Apesar de tudo foi um grande show com as principais músicas da carreira solo de Sting.

Um Morumbi lotado em plena quarta-feira 25 de novembro foi o que Noel Gallagher 135 pôde ver e sentir para abrir para o U2 136. O show do Noel não teve mistério, vi a setlist que ele andava tocando e só mudou a música nova que ele incluiu, foi um bom show, é sempre bom rever um Oasis em forma.



Quanto ao show do U2 e seu palco enlouquecedor (você fica louco de olhar todo o palco e telão, é fantástico).
Antes de começar o show, algumas caras se posicionaram na frente de nossas cadeiras - eu estava numa das cadeiras inferiores - e queriam beber, tirar selfies e assistir ao show na nossa frente. O pessoal que estava sentado começou a reclamar e eles nem aí. Até que um pouco antes de começar o show um senhor e o filho foram discutir com eles, pedindo pra saírem dali, afinal ,ali era passagem e não lugar de assistir o show. Os caras não queriam se emendar e mais gente resolveu entrar na briga porque também estavam sendo prejudicados. Fiquei muito nervosa, estava vendo que ia começar, porque sabia as músicas que tocavam antes de eles entrarem. De quatro, um ficou, pensaram que ele ia sair e não saiu e ao som de Sunday Bloody Sunday o pai e filho começaram a brigar pra valer com o baixinho folgado. Bem na minha frente, até que os amigos o tiraram de lá, porque o cara dizia que tinha pago tanto pra ver o show e claro, todo mundo pagou pra ver também. Depois disso, de ter tirado fotos tremidas de tanto nervosa que fiquei comecei a curtir o show que foi um delírio só! Como eles são carismáticos e perfeitos, profissionais e fazem a gente se emocionar. Um show inesquecível para quem é fã da banda, com todos aqueles sucessos e aquele telão magnífico.
Uma experiência única!



O ano de 2017 foi curto em matéria de shows, fiquei muito triste de não ir ao Arcade Fire, mas sem dinheiro e show no Anhembi só na vip, porque o som é horroroso. Perdi outras coisas que não lembro agora e fiquei chateada pelo Tom Chaplin (Keane) ter tocado em vários países da América do Sul mas não trouxe seu show ao Brasil, uma pena.

E agora 2018 deve começar com The Pretenders e Phil Collins na mesma noite, vamos ver se vai dar certo!