quarta-feira, 12 de julho de 2017

Oasis, eu sou grande fã e nunca percebi: Oasis: Supersonic

Assisti ao documentário Supersonic do Oasis e o que mais veio à minha cabeça é como os anos de 1990 foram foda!

Além de ver um filme, passou outro na minha cabeça, Oasis foi uma das bandas mais legais da História e eu nunca me dei conta que fui fã deles. Tenho todos os cds, tenho b-sides, fui a show e nunca os considerei tanto depois de ver esse especial.

Minha história no Britrock começou com o Blur, em 1995 ouvi End of a Century e eles se tornaram a banda de cabeceira, a banda de coração. Tudo no meu mundo girava em torno do Blur. Assistia à MTV Brasil e programava até o vídeo cassete para gravar clipes do Blur. Tinha fitas com muito material que passava na TV e assim ia sempre tentando convencer os amigos da melhor banda de todos os tempos.

O Oasis apareceu discreto na MTV, vendiam a banda como arrogantes, querendo ser os novos Beatles e isso eu questionava muito, se eram ou não, ao invés de questionar a emissora por fazer essa comparação. Aos poucos o Oasis entrou em minha vida. Da birra com o Blur eu não levava a sério, sabia que era só para vender jornais e revistas e fazer alarde na MTV, ter o que falar.

Minha relação foi de respeito à banda e sem perceber comprei todos os CDs deles, sem perceber eu era fã, não a que gravava tudo deles, mas tenho em alguma fita até hoje Wonderwall gravado, o clipe, em algum lugar. Era fã, ouvia todos os CDs à exaustão, decorava letras, mas sempre de forma sutil.

Engraçado como percebi isso só agora...

Fui ao último show deles aqui no Brasil e se percebia a falta de entrosamento entre os irmãos Gallagher, lembro da chuva no show do Cachorro Grande e esperávamos que no Oasis não chovesse  tanto, mas o som do Anhembi é um lixo e desde esse show nunca mais fui a show lá. Se não for pista vip para ver e ouvir de verdade, não adianta ouvir super mal na pista pobre, já que se ver é difícil.

O documentário me trouxe todo o período que eu era feliz e não sabia: os anos de 1990, com tantas coisas legais que aconteceram no mundo, principalmente, do Britrock e Britpop.

Aquela comoção pelo Oasis que se vê nos primeiros anos, não ocorreu aqui, a ficha caiu um pouco depois, talvez em 1996 com Wonderwall e não já em 1994. A primeira vez que os vi na MTV já foi em 1995 e ainda se falando se eles seriam os novos Beatles e tal.

Eles só vieram tocar aqui em 1998 e aí surgiu a legião de fãs. Deveriam existir fã do comecinho, é claro, mas o boom rolou com esse show no Sambódromo.

Hoje, com certeza, não se vê o Oasis como novos Beatles, eles foram únicos, como foram os Beatles, cada um tem sua presença, cada um teve seu tempo. E o tempo do Oasis eu vivi enquanto dos Beatles, esse é da minha mãe.

Ver os fatos narrados por eles próprios e saber como aconteceram de verdade é a parte mais interessante do documentário, mas a nostalgia é grande pra quem assisti.

São duas horas de documentário, quase, e quando se chega ao final tem-se vontade de que continuasse, de tão legal que é. Afinal, só cobre os três primeiros anos da banda e não o todo e 3 anos em duas horas já é um extenso material. 

Esse material é particularmente incrível, é histórico, cenas caseiras de gravação de disco, cenas nas turnês, material inédito e que só dá mais credibilidade ao documentário.

Ao assistir fiquei pensando em quanto fui fã do Oasis, e quanto a banda era boa, boa não, amazing! Quanta saudade daquele tempo e quanta saudade do Oasis. 

Se eles voltam um dia não sei, mas foram anos incríveis e inesquecíveis.

P.S. a última música que toca no documentário é uma das minhas favoritas: Masterplan. Uma verdadeira obra-prima!