domingo, 28 de fevereiro de 2016

Os shows que vi - parte 9 e o ano de 2012

Durante o ano de 2012, minha volta ao Brasil estive, como disse minha terapeuta: de luto.
Com esse luto das coisas que não saíram como eu queria em Londres acabei por não ir a muitos shows nem sair com os amigos, desfiz amizades...
Foi um ano confuso - e difícil - pra mim, um ano em que minha frustração batia forte em meu peito e eu não queria saber de nada, ano que comecei a engordar sem parar e não consegui mais parar.  Dava aulas de inglês para uns pivetes metidos a rico que queriam me fazer de besta, assim como as mães e o diretor da escola e sofri mais um pouco, tanto que não voltei mais a dar aulas de inglês. E agora ele enferruja aqui...

Tanto que o único show  que assisti foi do 68 - Titãs na Virada Cultural, na avenida São João, com uma amiga da escola e seu filho. Fui a algumas exposições, mas nada de shows, só um outro que por acaso vimos também na virada de 69 Charles Bradley, na praça da República.

2012 foi um ano muito mais de recolhimento do que de diversão, deixei até de ir ao show do Tears for Fears porque me sentia com medo!!!!!  achei até que estava com Síndrome do Pânico, mas devia ser só o tal do meu luto mesmo... Assim como não fui ao Lollapalooza 2012 porque tinha visto Foo Fighters e Arctic Monkeys em Londres há pouco tempo e não fui ver o Planeta Terra porque o Kasabian cancelou e eu também tinha visto Suede em Londres. Mas tudo isso era só desculpa para ficar trancada em casa.


Titãs na São João

Charles Bradley na República


2013 eu comecei a me mexer de novo...






sábado, 27 de fevereiro de 2016

Mudar, mudei, mudamos?

Sei que devo ter mudado muito como pessoa, não tenho os mesmos apegos e crises de antes, mas muitas vezes as mudanças nas pessoas me chocam...
Assim como me choca quando não mudam também... 

É engraçado você encontrar alguém que não vê faz tempo e sentir que a pessoa está na mesma: pensa do mesmo jeito, faz tudo do mesmo jeito, parece que o  tempo não passou para ela e aí isso faz com que eu não tenha o que falar com essa pessoa, perdeu a razão de ser da amizade.

Muito pior é perceber que algumas pessoas mudaram tanto que você acha impossível se relacionar com ela. Já viram aquele tipo de pessoa que era difícil, mas ficou pior? Aquela pessoa que você era amiga, aceitava algumas coisas que você não concordava pra não "ficar de mal", mas hoje pensa que nem esse apego vale a pena, que é melhor se afastar mesmo? 
Aquela pessoa que foi para um lado tão xiita (e nem é xiita do Oasis rs) que não tem volta a amizade?

Realmente é muito engraçado rever pessoas e ver essas coisas, fico imaginando o que aconteceu para "desandarem" assim... não progredirem... e não penso no que pensam de mim hoje porque não acho que fui pra lados extremos nem virei a chata que põe defeito em tudo.

Se eu não me sentisse uma pessoa melhor, eu continuaria sendo turrona com tudo, acredito que eu tenha dado uma maneirada nisso, na questão de gostos até. Senão, como veria The Voice Kids e aguentaria os jurados? Antes eu os tachava de várias coisas, todos os quatro só porque a música deles não serviam pra mim. Hoje não sou tão turrona com eles, mas não ouço as meninas popzinhas norte-americanas por exemplo, mas sou capaz de não curtir a música e dizer que a voz de Demi Lovato é poderosa, o que não admitiria anos atrás...

Fico pensando que por mais roqueira que eu seja, hoje consigo dar abertura para conhecer as pessoas, mesmo que não goste da música delas, como no caso de Ivete e os irmãos Vitor e Leo. Carlinhos tem belas músicas, mas há alguns anos não admitiria isso rsrs

Sinto que eu estou mais maleável, não eclética, mas aceitando melhor o gosto dos outros e apreciando de longe coisas que não apreciava. Claro que isso não quer dizer que eu vá assistir Big Brother, aí já é querer demais de mim, mas vejo uma melhora em mim mesma, porque quanto mais eu botava defeito nos outros, detestava, discutia que isso e que aquilo, mais mal fazia pra mim mesma.

Quando vejo pessoas que foram minhas amigas ainda fazendo críticas às mesmas coisas, vejo pessoas tristes, porque parece que a vida delas só faz sentido em mostrar suas críticas. Se tornaram críticos do sofá que só reclamam de lá e não fazem nada  - em nenhum sentido - e tudo tem uma teoria da conspiração por trás (é, ficaram meio obcecadas ...) e nada, nada, NADA está bom.
Tudo é uma sucessão de ruindades e que se ela\ele estive naquele lugar, tudo seria diferente.

Ficam em seus cantinhos botando defeito de tudo e isso me parece tão solitário. Pior, pensam que outras pessoas se valem das críticas deles para viver, que tudo gira em torno do que eles pensam, que as informações deles são as mais úteis do mundo e que as pessoas esperam ansiosas por suas indicações. Triste, triste, TRISTE.

Fico com dó dessas pessoas, queria que elas acordassem e fossem viver um pouco ao invés de se acharem as bolas mais recheadas do pacote mofado.

O tempo passou e só essas carolinas não viram...

Ou será que eu também não vi ao criticá-las aqui?