sábado, 31 de dezembro de 2016

Seinfeld - O2 Arena, Londres, 03 de junho de 2011


Fiz a lista de shows que fui e devo atualizar em breve o ano de 2016, só que me lembrei que também fui a um grande evento no O2 Arena para ver esse cara incrível chamado Jerry Seinfeld.


Abertura de George Wallace
do telão
Imagine o O2 tomado, ainda bem que consegui um lugarzinho!

















Aqui as piadas do show traduzidas por mim no texto que pus em notas do Facebook na época:

A vida segundo Seinfeld, atualizada ontem, do show dele e traduzida livre e porcamente por mim rs

  •  O quê??? Estou há três dias em Londres e todos os dias foram de sol! Como assim?
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  • As pessoas adoram falar do tempo, acho isso irritante, gostaria de poder mudar de canal.
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  • Facebook: feito para "young dummy people" para dizer: olha quantos amigos eu tenho! Amigos!!! Amigos!!!! (muito engraçado o jeito como ele imita uma pessoa bocó e desesperada dizendo isso rs)
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  • Twitter: para alguém dizer nada para um monte de gente (você começou assim, né, Jerry? rs)
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  • Blackberry: a maldição de fazer com que as pessoas não se falem mais, não há mais contato (ele imita uma pessoa conversando com outra e uma não presta a atenção pq está no blackberry digitando como louco) seria melhor então colocar uma revista na cara, seria mas digno (e imita uma pessoa lendo uma revista sem prestar atenção no que a outra pessoa diz e ao final, imita um ipad)
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  • Vocês aqui estão de parabéns! Estão em forma! Os americanos são "disgusting"!!!! (fala baixinho, fingindo que não vão ouvir) todos enormemente gordos  (imita um casal tentando ter "algo mais" rs)
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  • começa a falar mal de comida e de bebida, principalmente da coisa maluca do povo andar com um copo de café pela rua tentando não se queimar, como se fosse o copo que conduzisse a pessoa.
  •  
  • Agora Seinfeld é casado e fala que a festa do casamento é só para os convidados, é o momento de convidar um monte de gente que não gostamos e que comem de um jeito porco à mesa.  A noiva planeja tudo, tudo... cuidado quando vir em cima da mesinha da sala uma revista de noivas!!! Lá vai seu dinheiro, porque tudo é do jeito que ela quer, você é só o noivo, uma estátua vestido do mesmo jeito de sempre, mas do jeito que ela escolheu...
  • Sobre filhos e pais: pai é aquela pessoa que modifica o ambiente quando chega em casa, algo como um estranho invasor que todos precisam se preparar:  Mãe! O pai chegou!!!!!!! Ou aquele cara que você só vê no final de semana e pergunta: quem é esse cara de pijama aí?
E ainda se perguntava pelo nome da margarina que é I can't believe is not a butter! Afinal, se não é margarina, é o quê?


domingo, 30 de outubro de 2016

Duas séries, uma postagem

Ia fazer apenas a postagem sobre Arquivo X que revi inteira, inclusive os episódios novos, mas terminei de ver Mad Men também... então vou falar dos dois...

Arquivo X

Sou fã de Arquivo X desde os tempos em que era exibida na Record, em 1995 ou 1996, não lembro exatamente que ano começaram a passar a série que começou em 1993 nos States.

Virei fã de tanto uma colega da faculdade falar e comecei a assistir e não parei mais. Perdi muitos episódios porque a Record mudava constantemente a grade de horário e a série era jogada de sexta às 10:30 para meia-noite ou para domingo às 21h, por exemplo... os horários foram modificados de forma irritante e mesmo assim me mantive atenta e tentando perder o menos episódios possível... Mas perdi muitos ou era obrigada a ver pela metade, pegar no final... vocês não têm ideia de quantas vezes fiquei extremamente irritada ao ligar a TV no horário da série e ela estar acabando, pegar os créditos finais... morria de ódio!!!

Muitos amigos meus assistiam pela TV paga que estava começando no Brasil e as únicas empresas, na época, só trabalhavam com cabo e no meu bairro não chegava... Quando chegou as empresas por parabólicas eram muito caras... não era essa facilidade e acessibilidade que é hoje e tinha que engolir o choro e aguentar a Record, mandei e-mails sem sucesso para lá...

Então, há dois anos comprei o box completo, por quase metade do preço na OLX, e estava sem tempo para assistir porque estava fazendo uma nova faculdade. Terminei, me libertei para ver a Arquivo X, tudo. Como iriam lançar a temporada nova, considerada a décima, decidi que primeiro veria tudo até chegar, cronologicamente, na décima temporada.

O legal de se ver de novo é ver com mais crítica ao seriado depois de anos, acho até que entendi melhor até as teorias de conspiração de Mulder (talvez por perder episódios na Record isso quebrava minha linha de raciocínio...) e ver as coisas por outros ângulos.
Por exemplo: tentei perceber quem se apaixonou por quem primeiro rs se Mulder ou Scully e acho que assim tive uma compreensão mais profunda dos personagens.
Acho que foi o Mulder, mas a Scully era fechadona para mostrar os sentimentos. E ainda mais por ser uma mulher no meio de tantos homens. 
Percebi que havia esta questão na série: como era ser a única mulher trabalhando como agente especial do FBI e não ser muitas vezes aceita por isso por outros oficiais, principalmente de menor patente...
Havia essa questão sendo mostrada e eu nunca tinha me dado conta disso há quase 20 anos... 
Mulder não ligava para sua reputação, Spooky Mulder, se era mal ou bem visto para ele tanto fazia, a obsessão por descobrir conspirações e o que aconteceu a sua irmão Samantha eram mais importantes, o FBI para ele era o local que facilitava a tentativa de ele encontrar respostas.

Os episódios, apesar dos anos passados, continuam muito bons! Reconheci muita gente hoje famosa sendo apenas figurante em The X-files.
O episódio que gera um fechamento para a questão do sumiço de Samantha fez com que eu me emocionasse, exatamente como há tantos anos...

Não senti o mesmo medo que sentia de alguns episódios (eu gravava, sim, no vídeo cassete rs) e assistia sempre de dia. Meu maior medo era o monstro do esgoto que tinha posto o apelido carinhoso de Hebe Camargo (é, eu a amava!).

Assisti aos extras, infelizmente não são todas as temporadas que contam com extras, por exemplo, a última temporada ou 9a, não tem uma linha de extras além de cenas cortadas... uma tristeza porque você não tem um "good bye" da equipe toda, nem nada....

Os episódios novos foram bons se você se lembra bem de outros personagens de alguns episódios e tudo mais, fazem homenagem ao diretor Kim Manners que faleceu em 2009 e trabalhava nos últimos tempos em Supernatural.
Assisti sem nostalgia ao décimo episódio pois tinha acabado de ver todo o resto rs (vi os longa- metragens na ordem também Fight the Future, 1998 e I want to Believe, 2008).

Claro que você percebe o envelhecer dos atores e parece não fazer mais sentido eles lutarem pelas mesmas coisas... apesar dos anos passados... mas houve um envelhecimento dos personagens também.

Agora um spoiler se você nunca assistiu a série ou não chegou ainda na 8a temporada.

O que eu não consigo engolir e talvez a maior dos fãs também não engula e a história do William, filho do casal, primeiro, eu não engoli não ter nenhuma cena que indicasse que fizeram o filho rs segundo o fato de a criança ter sumido na trama, ele foi adotado por uma família. Esta nova temporada dá uma indicação que Scully também não engoliu o fato e que talvez, se houver novas temporadas, algo pode acontecer....

Foi muito bom rever a série por um novo ângulo, pelo meu envelhecimento também, não só o deles, talvez tenha compreendido mais coisas até por isto.

Mad Men 

O drama da AMC entrou na minha vida com uma questão: vamos ver se é legal... não me lembro exatamente porque a escolhi ver, acho que por tanta crítica positiva à série.
Foi difícil ver a primeira temporada, tive que abstrair, quer dizer, tive que pensar que eu também estava em 1960 e entender a cabeça dos homens daquela época, não que seja muito diferente do que hoje, mas hoje eles não mostram sua canalhice tão aflorada como podiam naquela época de glamour aos machos que se sentiam e eram, na maioria das vezes, alfa daquele época.

O que mais me surpreendia era sempre o jeito canalha de todos com as mulheres e como as mulheres tentavam sair do padrão "moça de família - dona de casa" que era as únicas boas opções dadas a nós.
Foi difícil acompanhar até me acostumar com isso e perceber que era uma crítica à época, como os homens não se importavam em falar mal das mulheres na cara de outras e se sentirem deuses do Olimpo porque trabalhavam fora e sustentavam suas submissas e deprimidas mulheres (a primeira esposa de Don mostra bem isso, como as mulheres deviam se manter fúteis, era uma obrigação).
Depois, com o passar dos anos a série também mostra a questão do racismo, do homossexualismo e os direitos civis ganhos com Martin Luther King.
As mortes do reverendo King, Kennedy e Marilyn Monroe são destaques de episódios.

A última temporada, apesar de mostrar o homem chegando à Lua não foi tão impactante com outros fatos da época.

É um Anos Incríveis adulto, o que Kevin via pela sua ótica infantil, Don Draper (Dick) via por uma ótima da selva de pedra da Maddison Avenue, em Nova Iorque.

Don Draper, na verdade Dick Whitman, é um homem atormentado, é dessa forma que vejo o personagem, atormentado por seu passado. Filho de um sitiante e uma prostituta, ele realmente é o filho da p*** rs, é criado pelo pai e pela madrasta e depois de se sentir a vida inteira como um estorvo resolve ir pra guerra da Coréia. Lá tem um oficial acima que morre e Dick troca de identidade com ele, ou seja, Dick Whitman volta morto para a família infeliz e Don Draper vai tentar vida nova com o novo nome.

A série permeia os fatos atuais do que acontece no escritório de publicidade em que Don trabalha com as lembranças de Dick.

Não adiantou mudar de nome e de vida, apesar do grande talento de Dick (Don) ele nunca é feliz, nem com dinheiro, mulher fútil e filhos. Ele e os outros personagens vivem sob a pressão dos anunciantes e vivem assim bebendo e fumando muito!!
Outra coisa que muito me impressionou! Como os homens daquela época bebiam e fumavam no trabalho! Don aparece frequentemente bêbado e acabado.
O mais engraçado que um personagem que é considerado alcoólatra é mal visto por todos e perde até o emprego, mas todos são alcoólatras ali... o outro só não conseguiu se manter sóbrio por algumas horas, como os outros.

As mulheres, as secretárias são como mães que fazem tudo que os filhos mimados querem, seu chefes. Pegam mala, paletó, como se fosse obrigação delas tomarem conta do homem ali imposto na chefia. Não tem visão própria até aparecer Peggy Olson, secretária gorda e feia que se transforma na série e se torna um deles (tem que dançar conforme a música e se assexualizar para lidar com as brincadeiras machistas), como redatora de criação de publicidade. Ela ganha seu espaço, mas a duros preconceitos e muito machismo. Assim como Joan Harrys chefe das secretárias que se torna sócia da empresa publicitária, mas ainda assim só é vista como uma reles subfuncionária.

Peggy também tem um filho, de um dos diretores da empresa, mas não diz a ele e deixa com a mãe para ser criado como um irmãozinho (foi o que entendi ou não foi isso?). Não apareceu mais na série, e esse drama da personagem não é tão explorado como eu acho que deveria. Nem a família dela aparece mais, ela vai morar sozinha no Brooklyn, se não me engano.
Mais um caso de filho indo pra adoção que não é explorado... e eu sempre pensando como ficaria a cabeça de uma mulher nos anos de 1960 que tem que abrir mão do filho para nadar com os tubarões da publicidade.

O final, pra mim, foi tão fraco como o de Arquivo X (ou o que até pouco tempo era o final de arquivo x). Os tormentos de Don parece que finalmente se vão, parece que ele se encontra - talvez seja isso que a propaganda final da Coca-Cola quis dizer...

Eu pensei que como na penúltima temporada, Don tinha ido com os filhos ver a casa onde viveu, quando era Dick e que isso modificaria algo na trama, mas o último ano começa sem uma única menção a essa visita...
Dick se encontra, mas achei tão fraco o final... achei que faltaram alguns episódios mais profundos para dar o final que deram, parece que terminaram na correria.

Ah, se não fosse a propaganda da Coca-cola... ganharia fácil o prêmio de mais um final idiota de série...



Não quero dizer que a série é ruim, é muito boa, a trama é muito bem feita, só acho que o último ano não se explorou mais questões que poderiam ter tido maior destaque.

sábado, 1 de outubro de 2016

Os shows que vi - parte 12

Ano de 2015 foi o ano que voltei a assistir festival fora do Brasil, dessa  vez o Lollapalooza no Chile...
Antes disso teve Foo Fighters no Morumbi, em 23 de janeiro, com as aberturas...

101 - Raimundos - nunca tinha assistido um show deles e foi muuuuuito bom relembrar um parte dos anos 90 com meus 20 anos... cantei todas pulando, muito show!

102 - Kaiser Chiefs - eu já os tinha visto no meu primeiro LollaBr, foi muito legal ver um pequeno show deles para um plateia animada que não parecia conhecer tantas músicas como eu rs

103 - Foo Fighters - quis os assistir no Brasil para ver como a vibe seria. Claro que foi muito mais divertido. Momentos românticos com pedido de casamento na plateia (aquilo foi combinado, né?), muita irreverência do sr. Dave Grohl e muitos momentos de sonzeira, ou todos rs adorei!

Em março fui ver o Lolla no Chile com uma amiga, vimos que nossas bandas preferidas ficariam num mesmo dia no Chile, diferente da escalação daqui do Brasil em que separava as bandas e decidimos nos aventurar por outras playas...
O que foi muito bom pois o Santiago é uma cidade muito acolhedora e limpa, passeamos tanto nos dias anteriores ao show que no domingão do Lolla estávamos era mortas de cansaço rs não faço mais isso rsrs da próxima vez, vou primeiro no Lolla e fico outro dias DEPOIS passeando pela cidade e outros pontos...

Primeiro ponto: o show é num parque, Paque O'Higgins, que fica do lado do metrô, não tem como achar mil vezes melhor ir até o Chile ver o Lolla do que ir até Interlagos, acho que pra quem não é de São Paulo seria uma escolha ainda mais acertada já que irá gastar de qualquer jeito com transporte e estada.
O parque é enorme e muito, muito tranquilo, o povo no Chile assistia até sob a sombra das árvores aos shows, na maior tranquilidade, sem tumultos na entrada, apenas uma pequena fila, mas tudo muito invejável.
sol quente!

Pouco mais de duas da tarde e o sol estava a pino em Santiago, fomos ver os 104 Specials que não tocaram no Brasil e foi muito gostoso apesar do sol escaldante em nossas cabeças. Show de ska dos melhores de uma banda veterana querida.

Em seguida fomos ver o 105 - Alt J que eu gosto bastante, mas com meu cansaço dos dias de passeio não aguentei o cheiro da maconha e tive que sair de perto do show...

Fomos ver onde seria o show do Interpol e vimos o show das meninas do 106 - The Last Interlationale, tocavam muito bem, mas eu não as conhecia... daí fomos andar e repara
mos que até a fila das fichas e da comida era muito menor que em São Paulo - o que acontece????

Fomos pro show do 107 - Bastille que foi animadíssimo com direito até a cover de "the rhythm of the night" da Corona rsrs muito boa! todo mundo cantou e pulou junto rs além de Pompeii, é claro... Foi um dos shows mais disputados do Lolla.
No mesmo palco chegaram os britânicos do Kasabian (108) que eu estava loooooca pra ver! Anos tentando ver um show deles e valeu muito a pena apesar do meu cansaço, tirei tênis, meia, e fiquei na grama dançando com eles, como a maioria fez. Super cool, super viagem!
Ah! tirei foto com o Sergio Pizzorno no aeroporto :P



E quando o sol estava se pondo um show fabuloso! Clássico! Icônico! Robert Plant! 109
Robert cantou clássicos e novas músicas com uma animação invejável, quem diria que um cara tão "muso" poderia ser tão simpático e humilde? Um cara simples e animado! Um show realmente lindo com o pôr-do-sol como cenário. Imagine Going to California como ficou maravilhoso!!!!



Ficamos no meio da grama só curtindo a vibe...

Daí minha amiga e eu nos dividimos, ela queria ver Kings of Leon e eu Interpol, marcamos lugar para nos encontrar e antes comemos um cachorro quente chileno e, sem querer pus um mundo de pimenta no meu lanche pensando que era catchup... comecei a passar mal de tanta ardência e fui pro show meio tonta...
Comecei a ter dores de estômago e mal conseguia olhar para o meu querido Paul Banks e seu Interpol, 110 . Estava super perto da banda e via super bem, mas o cheiro de cigarro e  maconha me deixavam ainda pior e não conseguia me manter e a bateria da minha câmera descarregou... não pude tirar mais foto além do celular, que foram péssimas fotos...

Chegou um momento que passei tão mal que acabei cantando as músicas do Interpol dentro de um banheiro químico, sério! Hoje, quando ouço músicas deles eu me lembro de cantar no banheiro, literalmente... aquela pimenta deixou sequelas... pensei que  teria que ser levada embora pro pronto socorro ou algo assim, mas consegui melhorar e ir embora numa boa. E só não chegamos no hostel cedo porque erramos a saída do metrô da estação onde estávamos hospedadas rs mas nunca vi tanta tranquilidade para ir num Lollapalooza.

Em junho, 21 e 22, teve a Virada Cultural e vi o  111 - Thiago Abravanel cantando Tim Maia, o cara puxou pro avô: excelente jogo de cintura no palco e animou todo mundo!
Vi também o 112 - Lenine, mas não todo o show porque já era bem tarde estava com sono rs

Isso no sábado, no domingo teve o Festival Cultura Inglesa e vi com amigos 113- The Trypes que parecia ser uma banda entre The Vines e One Direction rsrs a molecada foi embora depois deles rs
Debocharam da Amy Winehouse
Depois, tive o desgosto de ver  114- Gabi Amarantos estragando todas as músicas que tentou cantar e ainda se gabava que namorava um inglês: meus pêsames, querida! e só por isso ela deve ter sido convocada para o show... porque foi uma gozação (a meu ver) a cada música que ela tentava cantar... o pior era que tinha gente cantando as músicas ridículas dela... foram embora, graças a Deus e pude ver  115 Johnny Marr mais de pertinho!
Como era de se esperar, foi um showzaço com direito a cover do Depeche Mode, músicas novas e muito Smiths! Cantamos muito com ele e ainda no final encontrei outros amigos no meio do povo! Muito bom! Muito emocionante para fãs dos anos 80.

Pulamos agora para outubro, 10, minha amiga de Lollas veio para vermos a primeira banda da qual me lembro ter sido fã: A-ha (116) no Espaço das Américas.
Se Johnny Marr foi inesquecível, imagina ver esses 3 caras que habitaram minha vida desde a adolescência? Um sonho realizado de pertinho, na ala vip, claro porque não dava para ser de outro jeito!

Mas não basta ver somente A-ha, e Johnny Marr tem que ter outro ícone! 2015 foi o ano dos ícones e fui ao show nada menos que do bardo, do único e muso: 117 Morrissey!!!!
Assisti com uma amiga que precisa de lugar especial e conseguimos na compra de ingressos sermos a primeira fila. Porque um dos shows em São Paulo, no Teatro Renault, seria em cadeiras. Estávamos totalmente ansiosas e mais do que felizes ali, na primeiríssima fila quando o show começou, fãs mal educados invadiram e quase derrubaram minha amiga, ninguém queria deixar ela ficar na frente para ver o show e subiram até na scooter dela... eu tentava falar com as pessoas, gritar na verdade e ninguém tirava os olhos do Moz... os seguranças foram um fiasco porque todo show que assisti de cadeira ninguém invadiu lá no Credicard Hall, ou citybank hall hoje. 
Foi com decepção que vimos o show inteiro tentando assistir de onde seria nosso lugar com aquela orla de orcs desumanos. Rasguei a camisa de um cara com quem eu tentava falar, sem sucesso, para ele ver do lado dele a minha amiga. E a segurança nada... vieram depois só pedir pras pessoas deixarem que ela ficasse na frente. As coisas da minha amiga caíram e tentei pegar no meio daquela turma... foi muito frustrante ter que ver o show naquelas condições e no final minha amiga reclamou com a casa e conseguimos um ingresso pro show de sábado, mas era nos camarotes do Citybank Hall (118), ou seja, longe do ídolo... e longe do guitarrista do Moz por quem tive um crush na hora rs e assistimos duas vezes Moz naquela semana...

Minha amiga continuou triste porque pensou que ficaria naquela parte de dentro entre o palco e a plateia, mas para vender mais ingressos não havia aquela parte. Ela ficou hiperchateada que nem quis assistir o show todo... uma lástima...
pelo menos guardei uma camiseta do show...


E assim se encerrou 2015, meio triste por aquilo que aconteceu no final...

sábado, 24 de setembro de 2016

Estou intolerante? é problema da idade?

Percebo que sou muito intolerante com pessoas mais velhas, principalmente professoras rsrs sim... talvez por isso não quero envelhecer no magistério rsrs
É triste ver gente de mente tão pequena e o pior de tudo: teimosa!

Gente teimosa, que gosta de se manter na burrice me irrita, mais velha então, nem se fala...
Na escola tem uma professora readaptada que chegou há pouco tempo, acho que no segundo semestre deste ano e ela me dá nos nervos. Ela ficou como readaptada na sala de leitura/biblioteca, aquele lugar que tentei arrumar ano passado, mas por inúmeros perrengues de outros professores que não estavam nem aí com meu trabalho e o grêmio que resolveu "arrumar" desarrumando tudo o que tinha feito eu desisti de tanto que me irritaram e desfizeram meu trabalho...
Então, ela está lá e não faz absolutamente nada, as únicas coisas que essa senhora sabe fazer é se meter na conversa dos outros, não pode ver uma conversa que se mete ou comer: se deixar como todo o lanche do intervalo dos professores. Uma velha fominha e mal-educada (eu não ia usar essa palavra agressiva, mas... ela é uma VELHA GAGÁ!).
Daí tem uma outra professora que veio esse ano pra escola, não vou dizer a matéria, que é muito bocó também... e ontem esta estava lendo mensagens e recebeu uma que dizia que o Pe. Marcelo Rossi havia falecido. A primeira coisa que  fiz foi perguntar se era verdade e ela "CLARO QUE É VERDADE! A PESSOA QUE ME MANDOU NÃO BRINCA COM COISA SÉRIA!!!!!!". Lá vou eu no google, g1, uol procurar e nada e digo pra ela que não há nada e ela insiste comigo que a pessoa que mandou não ia mentir e eu dizendo que a pessoa pode só ter repassado, sem checar, mas ela insistia. 
O que a readapta fez??????????????
Saiu contando pra todo mundo que o padre havia morrido!!!! E eu atrás desmentindo...

Gente, me diz se não dá ódio de umas velhas dessas?
A velha da biblioteca ainda outro dia disse pra um aluno, adolescente, que era ridículo o bigode dele que estava nascendo, que se fosse ela raspava na hora aquela coisa feia! E virou pra mim e disse: 
- Não liga não, quando você ficar mais velha, vai ser assim...
E eu:
- Espero que não!!!!!

Hoje tive que trabalhar na escola e a primeira coisa que falei quando encontrei a professora cabeça dura foi dizer: "viu que o padre não morreu?" e ela, sem graça: "eu até briguei com a pessoa que me mandou, eu disse que ele tinha que verificar primeiro!!". Ah, agora tem que verificar, né?

Mas meu caso de intolerância também são com os jovens...
Tem uma professora na escola, nova, que resolveu fazer uma peça para o sarau de hoje. O tema era família e aí ela fez duas peças, foi embora antes dos alunos apresentarem, não sei por qual motivo, mas os alunos engoliram tudo o que ela propôs, a meu ver... alunos de oitava série, 14 anos, só... muito o que entender da vida ainda...

No final da peça, a menina que está grávida se mata e os pais não se conformam e a menina que faz a narradora diz: "isso aconteceu por causa da religião, os pais não aceitaram que ela fizesse um aborto e a garota se matou porque não queria o filho".
Peraí...
No Brasil é proibido, como essa menina ia fazer um aborto? Numa clínica clandestina????
A professora me parece a perfeita "feminazi" porque quer colocar na cabeça das meninas que elas têm o direito de fazer o que quiserem com o corpo delas, elas que decidem só que esquece que um aborto clandestino ou feito com algum remédio pode ser muito pior... a mensagem não saiu do jeito que talvez ela quisesse e eu não precisaria chamá-la de feminazi se ela explicasse e fizesse um script decente! O que quero dizer que não dá pra pôr na cabeça de meninas de 14 anos que se elas não querem o filho devem abortar e esquecer de conversar sobre as leis que regem essa "intervenção cirúrgica" no Brasil. Não é simples assim como ficou explícito no texto.
 
Não gosto do termo que usei duas vezes, mas pra mim essa professora é uma feminazi e pra mim, feminazi é aquela mulher que se diz feminista, mas não entende de porra nenhuma... sai cagando ideias mastigadas sem entender da base de nada.  Isso é o que quero dizer, não dá pra pôr na boca de meninas de 14 anos ideias sem colocá-las a par de tudo que está em jogo. Não dá pra dizer que se a menina da peça tivesse feito um aborto ela estaria viva... Não estamos na Inglaterra, por exemplo, onde o aborto é legalizado, estamos no Brasil. Um país machista, sim, religioso hipócrita, sim e que proíbe o aborto e se essa garota da peça fosse fazer um aborto, como seria? 
Na clínica fundo de quintal ou tomando citotec ?
Acho perigoso esse tipo de fala na boca de adolescentes... se a menina morresse na peça e todos os outros personagens fossem reivindicar a legalização do aborto, seria uma discussão, mas não foi colocado assim.
Daí fiquei pensando em como eu reagi a tudo isso e pensei que talvez eu esteja ficando conservadora, mas acho que primeiro você tem que ensinar a garota a se empoderar: mostrar que ela tem o mesmo direito de estudar do menino, que se ela quiser jogar futebol na aula de Educação Física ela deve e o/a professor/a não deve negar. Mostrar que ela pode tudo e não pode ser excluída de nada, para depois ensiná-la seus direitos e deveres e fazer com que ela lute por eles e aí chegaremos na discussão do aborto, mas do jeito que foi, eu achei um discurso vazio e de modinha.


domingo, 4 de setembro de 2016

da difícil arte de viver

Nem chegou o final do ano, mas posso dizer que 2016 foi o ano da frustração. Coloquei muitas fichas nesse ano e nada se concretizou: planos de um novo emprego e uma nova vida começando, mas nada mudou.

Acredito que somatizei tudo isso e durmo, durmo muuuuito! A única coisa que tenho vontade de fazer é dormir. Não saio, não vejo mais graça em ir no cinema, sair pra fazer qualquer outra coisa? Nem pensar, preguiça de tudo, sem vontade pra nada. Vou dormir 22:30 e acordo 11 da manhã e ainda me obrigo a acordar, senão, não sei até que horas dormiria...

Para ir trabalhar então nem se fala... minha mãe tem que me chamar meia hora antes do horário que eu acordaria só para que consiga acordar... não tenho porquê sair da cama.
Não sinto prazer em nada, não tenho vontade de fazer nada.

Na verdade sim, em comer! Comer doce é comigo, sempre foi, mas minha ansiedade é grande em comer doce. Pareço uma viciada que busca prazer na sua droga favorita a qualquer custo: um pedaço de bolo, um chocolate, algo que me satisfaçam, mas como e parece que não comi nada, que nem senti o gosto. Nada tem gosto, na verdade, nem a comida. 
Me mato na academia desde abril e só consegui emagrecer 3 míseros quilos porque minha compulsão continua, não adianta se matar lá e depois se entupir de doce...

A vida não me parece atraente em nada, sigo vivendo e tentando mudar meus pensamentos, mas é tão difícil quando você vai trabalhar, tem uma ideia que acha genial pra aula e nada dá certo ou nenhum aluno acha genial, acham tudo uma bosta e eu sinto que a vida é uma bosta. Ser professora pra mim já chegou ao meu extremo, ao extremo das minha forças, não consigo mais... Por mais que eu tente não esmorecer, esmoreço no sono. Acabei de passar o dia todo na cama, dormi até 11:30 e, depois de almoçar, voltei pra cama pra assistir seriado e ainda dormi na meio de um episódio.

Quando você deposita fichas demais e nada dá certo é difícil se recuperar porque eu sinto que na minha vida nunca as coisas dão certo, nunca vão pra frente. Parece que eu nunca consigo chegar a algum objetivo, nada do que planejo dá certo.
Eu só queria um emprego novo, na área que passei mais 3 anos estudando e engolindo sapo de professoras péssimas de uma faculdade que só tem nome, mas nada de um curso bom. Só queria novos ventos na minha vida pra recomeçar como sempre faço, como sempre sou a fênix...
A fênix está cansada de se recriar, está cansada de ser uma fênix enquanto tantos passarinhos comuns vivem felizes por serem passarinhos comuns. Não quero mais ser fênix, não quero ser só a corajosa, mas que nunca ganhou nada com isso. Cansei de abrir caminho me embrenhando na floresta dos meus sonhos que viram pesadelos quando mais eu entro nesses caminhos.

Vou ali dormir, que é o que me restou... boa noite!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Os shows que vi - parte 11

2014 - Chegamos a um ano que não parei quieta!

82 - Hugh Laurie, o grande Dr. House fez uma apresentação memorável no Credicard Hall, em 30 de março. 
O humor negro não era só do personagem, mas sim do artista que não vou esquecer que, num show sentado, as pessoas das primeiras fileiras não paravam de gravar o show e Hugh disse: quando vocês chegarem em casa, vocês verão se o show foi bom, né?
Ou as mulheres também da primeira fila que chegaram quase no final: Foi bom o jantar?
Hugh canta muitíssimo e tinha uma banda afinadíssima, tocaram até Jorge Benjor para fazer um verdadeiro Carnaval no final do show, com direito a todo mundo poder chegar mais perto do palco.

Lollapalooza 2014 em Interlagos. Primeiro ano que o show foi realizado lá e não gostei, tudo muito longe, sem informações, tudo muito confuso.
Dia 1: 05 de abril


83 -  Cage the Elephant,  os meninos não fizeram o povo levantar muito... foi um show mais pros "novinhos" e o sol estava a pino... não estava na minha melhor forma pra ele rs


84 - Julian Casablancas, show chato, além de não tocar nada de Strokes só ficava perguntando sobre o nosso futebol, um chato rs

85 - Imagine Dragons, não consegui ver rs estava tão lotado que nem conseguimos chegar no local, estava todo tomando e  todo mundo cantando Radioactive, o jeito foi dar meia volta...

86 - Phoenix, cansamos de tanto andar pra lá e pra cá e não ver nada direito, ficamos num lugar estratégico pra ver os franceses, assistimos sentadas e tranquilas uma banda muito boa, cheia de hits e carisma! gosto muito! 
O vocalista do Cage The Elephant estava perto da gente dançando e umas meninas no pé dele.

87 -  Muse, os mais aguardados da noite! Ficamos no nosso cantinho, mas já não deu pra sentar
porque o povo tomou conta, o autódromo é gigante, mas era gente demais!!
O show foi muito bom, mas houve o boato de que Matt Bellamy não contou, só dublou. De onde eu estava não dava pra saber, mas foi um show cheio de energia.

Segundo dia, 06 de abril

Fomos bem cedo pro autódromo, vimos no primeiro dia que as filas pra entrar, o trânsito e tudo mais só poderiam atrasar a gente a ver o show do 88 - Johnny Marr, que eu queria muuuuito ver e não queria perder. O horário dele era ingrato: 14:15 da tarde, um ex-Smith não merecia um horário tão horrível... e foi um showzão que tive que ver alguns momentos longe, debaixo de uma sombra, por causa do sol inclemente e eu com medo da minha enxaqueca se manifestar.
O show foi sensacional! Com direito a clássicos dos Smiths, todos os marmanjos ficaram com suas almas lavadas de nunca terem visto um show da ex-banda do Johnny que foi uma simpatia só.

89 - Vampire Weekend, foi o show seguido ao de Mr. Marr, um show muito bom, os meninos são muito bons, tocaram muito e eu fiquei totalmente na sombra dessa vez...

Fomos até o palco dos 90 - Pixies e foi uma explosão de nostalgia, se Johnny Marr fez marmanjos beirando os 40 chorarem, os Pixies não ficaram atrás.
Where's my mind foi cantada e chorada por todos, pura emoção!
Mas tivemos que sair sem terminar pra ir pro palco do 91 - Soundgarden que fez um show lindo! Chris Cornell cantou e cativou a todos com sua voz poderosa, apesar de já ter sido submetido a cirurgias da garganta, ele ficou impressionado com a plateia e disse "bem que o pessoal do Pearl Jam nos falou pra tocar aqui!", mas também não vimos até o fim.

Depois de ter quase dormido na rua no sábado, foi um sufoco! Não tinha apoio e informações para
onde a multidão ia, até chegarmos a estação de trem e ver aquela multidão perdida, tentamos ônibus, tentamos táxi e conseguimos finalmente embarcar no trem. Acho que pegamos o último e os caras da CPTM e do Metrô Linha Amarela foram gente finíssima e fizeram as baldeações para os retardatários. Pegamos um táxi, ainda na Paulista porque não deu pra fazer a baldeação ali. Pelo menos chegamos na Paulista!
Ao perguntarmos ao motorista porque não encontramos um táxi em Interlagos, ele nos disse que não valia a pena para ninguém sair de tão longe pra pegar corrida lá, que sairia caro pro taxista, sendo assim, não moscamos e saímos do Soundgarden e fomos pro palco do 92 - New Order que ficava
mais perto da saída. Eu queria ver Arcade Fire, mas por medo de ficar na rua e me perder dos meus amigos achei melhor ver com eles New Order e não me arrependo! Show um show incrível!!!!!!
Eles foram muito simpáticos! Pareciam bem felizes de tocar praquela "coroada" que já tinha chorado com Johnny Marr, gritado Where's my mind com o Pixies e aplaudido muito o Soundgarden.
Imagina quando tocaram Joy Division... matou todo mundo do coração e fomos felizes!

A saída desse segundo dia tinha informação, muita gente guiando pra onde ir e foi beeeem mais fácil de sair do autódromo. Não pensamos duas vezes e fomos direto pro trem.


Em maio, dia 6, foi a vez do show solo do Eddie Vedder, um show de cadeirinhas também no Credicard Hall, quem abriu foi nada mais, nada menos do que  93 - Glen Hasard que tocou para um público que mal o conhecia, dó! Quando ele tocou a música do filme Once aí algumas pessoas se tocaram, mas antes disso era só besteira sendo falada pelos próximos a mim e eu com a cara de "eles não sabem o que dizem, Senhor!!". Um show lindo.
94 - Eddie Vedder quase me fez chorar com tanta música linda que ele tocou naquele violão. Claro que ele teve que ouvir fãs do Pearl Jam pedindo músicas, brasileiro sempre mal educado, né?
Tocou as lindas músicas do filme Into the Wild e do CD só com ukelelê. Foi um showzão, lindo, calmo, luminoso! Maravilhoso! Um dos melhores que assisti de tão sublime!



Em setembro teve mais! 
Primeiro, banda de abertura eu tenho contado? se conto, esta é a de número 95 - banda de abertura do Franz, não lembro o nome da banda, não guardei... só parecia um show com um Jimmy Hendrix e o Sergio Pizzorno rs
Desculpe, banda, mas o importante era 96 - Franz Ferdinand!!!! Mais um show deles em que pulei até não poder mais... não pulei como no primeiro show porque a idade pesa, mas é incrível como não consigo ficar sem pular nos shows do Franz! Eles são demais!


Em outubro, dia 17, eu vi o show do 97 Biffy Clyro, ganhei o ingresso na parceria 89 com o site da NME Brasil. Não conhecia muito a banda, tive um namorado que era fã, mas realmente conhecia alguns clipes e covers feitos por eles na internet que parecia uma banda até calma... quando cheguei lá vi que era bem hard core o negócio e fui embora logo rs já não conhecia a banda, não consegui nenhuma companhia e ainda tinha um moleque atrás de mim, bêbado... ninguém merece..

No final do ano, em 1o. novembro houve o Festival Banco do Brasil e o que me interessava era o
98- MGMT, mas chovia tanto no show deles que foi chato, vi de longe... teve o Paramore depois, mas eu fui comer, não vi mesmo, porque nem conheço, só meus alunos rs

.
E esperei pelo show dos 99 - Kings of Leon que foi muito bom, um telão sensacional, e grandes hits, mas os caras são frios com o público e isso não ajuda...

Mas ainda não acabou!

O número 100 é ninguém menos que Sir Paul McCartney, em 25 de novembro no Palestra, vulgo Alliance Parque.
Choveu quase o show inteiro, mas ver um Beatle não tem preço nem chuva de paralelepípedo que estraguem.
Um grande show, cheio de emoção e muita coisa boa, magnífico! Avemos Paul!


domingo, 15 de maio de 2016

Os shows que vi - parte 10, 2013

Chegamos ao ano de 2013 e ao show número 70, meu primeiro Lollapalooza 29 de março

Bons tempos quando o Lollapalooza era no Jóquei Clube, muito mais fácil de chegar, um lugar menor (mesmo assim não atrapalhava o som entre um palco e outro), mais acessível, mas como os coxinhas reclamaram do barulho perto da casa deles (ou nem tanto) fomos parar no ano seguinte no Autódromo, mas isso é outra história...
Cheguei no Lollapalooza e peguei o começo de   70: Of Monster and Men, som bonitinho, mas estava muito maravilhada em poder ir num festival de novo, vi um pouco e fui ver os outros palcos, como o do 71: Temper Trap, mas não era eles que eu estava ansiosa para ver e sim o 72: Cake que era louca para ver um show deles!
Fiquei próxima ao palco esperando começar, esse eu queria ver inteiro!
Quando a banda surgiu um rapaz perto de mim comentou com alguém que o vocalista estava de boa andando ali pelo gramado vendo só a nossa movimentação e que ele não o reconheceu... sorte de não ser uma banda tão grande, você pode circular de boa...
O show foi muito legal! Me diverti muito com as músicas já conhecidas e com os mariachis do vocalista.

Depois dessa diversão e riscar do meu caderninho o Cake (no bom sentido, ou seja, eu já tinha ido a um show deles), vi que o tempo não ajudava e que muitas partes do gramado viraram um lodaçal, tentei passar ilesa com minhas botas da neve (rs) achar um lugar razoável para ver os matadores, mas teria que esperar o viajante 73: Flaming Lips. 
Decidi que não daria pra ficar muito na frente porque a lama estaria terrível e fiquei num dos locais marcados com aquelas cercas que dividem o palco, porque era um lugar seco e com pouca gente. O que eu não me toquei é que ia encher de gente e, pra burrice minha,  fiquei na parte de trás desses troços e o povo se aglomerando na frente.
No começo vi bem o show do Flaming Lips, depois foi ficando cada vez mais muvucado e eu não conseguia falar com uma amiga do sul que tinha vindo pra ver os Killers também...
O grande problema no Jóquei era com os celulares, pegavam muito mal, tentei encontrar amigos de Brasília e de Porto Alegre e nada de conseguir por conta das mensagens desencontradas que chegavam atrasadas.

Antes de começar o Killers começou uma briga (eu envolvida) o pessoal que estava nessas espécies de cercas subiu em cima delas, queriam assistir o show sentados e na frente dos outros que estavam atrás e começou um discussão porque o povo era muito folgado (desculpem, amigos cariocas, mas eram uns cariocas pra lá de folgados que pareciam nunca ter ido a um show e falavam coisas do tipo "que se dane os de trás, vamos ficar sentadinhos") me irritei e briguei com uma menina, não deixei ela subir e ela falava "mas eu o pessoal que é alto, você não reclama!" e eu "vou fazer o quê? cortar as pernas deles?" e eles pararam de enchedr o saco para ver o show. Eu e o pessoal de trás não os deixamos sentar ali e vimos o show também. O mais engraçado é que não vi aquele povo cantar um música com 74: The Killers. Pareciam mesmo aquele povo que veio passear de excursão e não sabia o que faziam ali. Por outro lado, o show foi sensacional!
Brandon Flowers abriu um senhor sorriso e toda a banda com a alegria que viam no gramado, lamaçal e tocaram extremamente empolgados ouvindo a gente cantar junto e pular, mais uma vez, na lama. (lembrem que já fui num show deles na lama)


Esse foi o último e melhor show da noite.


Dia 30, sábado, não fui apesar de querer ver de novo Franz Ferdinand, conhecer o Queens of the Stone Age e o Black Keys.
Só fui no domingo,  31 de março.

Cheguei mais tarde, a banda que queria ver era o 75: Kaiser Chiefs que não tinha visto antes ao vivo. Um show empolgante, com direito a Ricky Wilson subindo nas torres de som, total louquinho rsrs e animado. Houve o momento "só acontece comigo mesmo" quando um cara empolgado com o show, mais alto que eu, resolveu usar meus ombros como trampolim e quis pular nas minhas costas e eu dei o grito com o fdp sem noção.

The Hives e   Planet Hemp não vi, só escutei do alto da roda gigante que tinha uma senhora fila, mas muita gente estava na fila louco pra ver o Planet Hemp.

Para finalizar o dia tivemos 76: Pearl Jam, meu segundo show deles e com saudade, pois tinha os vistos em 2005. Eles eu vi com minhas primas que são muito mais fãs que eu, como elas não gostam da frente, não fomos muito pra perto do palco, mas foi um showzão inesquecível, como todo show do Pearl Jam.




Depois do Lolla teve 77 The Cure no Sambódromo!
Para quem conhece o Anhembi sabe que o som é ruim e a visão péssima se você não está na frente da pista, daí comprei pista premium porque quis ver com segurança uma das bandas que mais ouvi no final dos anos 80.
O show sensacional! Eu e uma amiga vimos muito de perto, foi outra coisa ver na pista premium: só fã reais da banda que até brigaram com quem insistia em fumar e atrapalhar a vibe do show (não, eu não estava no meio dessa vez). Duas horas e meia de delírio!




Planeta Terra e o imbróglio Blur. 

Inventei de ir ao aeroporto esperar o Blur com duas amigas, encontramos mais gente lá esperando pelos caras, como vimos as fotos da Argentina, Chile, Peru em que eles foram só simpatia resolvemos arriscar.
Depois de horas de espera no aeroporto, vimos qual seria o portão de desembarque do avião que vinha acho que do Peru com a banda, estávamos no portão certo. Muita movimentação, vimos muita gente diferente chegar, inclusive um time de futebol e as meninas que  trabalham para Emirates com seu uniforme peculiar.
Até que chega a hora, vemos o Beck sair entre outros músicos, e nada do Blur. Eles decidiram sair por outro portão, fomos correndo até lá e só vimos praticamente os caras baterem a porta da van na nossa cara.
Cheguei e dei de cara com o Alex entrando na van, ele até me deu um oi e eu não conseguia dizer mais nada, só bati a foto. O Damon ninguém nem viu, assim como chamávamos o Graham de dentro da van e não dava a mínima pra gente e o Dave sentado na frente não quis pegar a carta de um cara que estava louco pra entregá-lo. Fiquei muito chateada e pensei até em não ir mais ao Planeta Terra, uma amiga me convenceu, afinal eu ia reencontrá-la depois de bastante tempo e não era justo com o Travis e o Beck que eu não visse as apresentações deles.

Chegamos no Planeta Terra e dessa vez eu quis andar no tobogã, mais uma pra minha lista de coisas que eu fiz de radical rsrs
Começamos vendo o 78 BNegão e os Seletores de Frequência confesso que não esperava muita coisa do show, mas o cara é muito bom ao vivo, muito crítico também.

O que atrapalhava mesmo eram os fãs da Lana Del Rey que era criançada histérica, nunca vi fãs tão infantis, mimados e babacas que só serviam pra atrapalhar a gente que queria ver o 79 Travis, o sol estava escaldante naquele novembro, mas vimos o Travis bem de perto apesar da criançada atrapalhar com gracinhas imbecis. Como sempre, o show do Travis foi lindo, fofo e me arrependi de não ter ido ao aeroporto por conta deles, duvido que seria mal recepcionada.



Quando acabou o show foi um peso que tiramos das costas saindo daquele antro de crianças mimadas que queriam ir mais a frente e nós que queríamos sair pra ver o Beck - a maior burrice do festival foi ter posto ela no nosso palco e o 80 Beck em outro. 
Deu tempo de andar, um pouco pelo campo de marte, comer , ir ao banheiro antes do show do Beck, não vimos inteiro porque queríamos voltar e encontrar outros amigos pro show do Blur, mas o que vimos do Beck era muito bom e não dava vontade de sair de lá!
Ainda bem que perdemos o show todo da LanadoDelReyvelho, só pelo fã, já percebi que era horrível...

E esperei com os amigos 81 Blur, sem a empolgação que teria se não tivesse ido ao aeroporto. Alguns amigos foram no outro dia no hotel e tiraram foto com eles, me chamaram, mas eu só iria se fosse pra tirar foto com o Travis, não queria saber de Blur na minha frente.
Assisti o show com certa animação, afinal eram músicas que passei 20 anos (ou quase isso) ouvindo, não dá pra esquecer, mas vi o Damon como um ator, fazendo poses falsas e os mesmos gestos de sempre, de qualquer show, sem se empolgar com a plateia, que a cada vez é única. 
Valeu mesmo ter reunido uma galera fã da banda e tiramos até foto juntos! Isso sim valeu a pena!


domingo, 28 de fevereiro de 2016

Os shows que vi - parte 9 e o ano de 2012

Durante o ano de 2012, minha volta ao Brasil estive, como disse minha terapeuta: de luto.
Com esse luto das coisas que não saíram como eu queria em Londres acabei por não ir a muitos shows nem sair com os amigos, desfiz amizades...
Foi um ano confuso - e difícil - pra mim, um ano em que minha frustração batia forte em meu peito e eu não queria saber de nada, ano que comecei a engordar sem parar e não consegui mais parar.  Dava aulas de inglês para uns pivetes metidos a rico que queriam me fazer de besta, assim como as mães e o diretor da escola e sofri mais um pouco, tanto que não voltei mais a dar aulas de inglês. E agora ele enferruja aqui...

Tanto que o único show  que assisti foi do 68 - Titãs na Virada Cultural, na avenida São João, com uma amiga da escola e seu filho. Fui a algumas exposições, mas nada de shows, só um outro que por acaso vimos também na virada de 69 Charles Bradley, na praça da República.

2012 foi um ano muito mais de recolhimento do que de diversão, deixei até de ir ao show do Tears for Fears porque me sentia com medo!!!!!  achei até que estava com Síndrome do Pânico, mas devia ser só o tal do meu luto mesmo... Assim como não fui ao Lollapalooza 2012 porque tinha visto Foo Fighters e Arctic Monkeys em Londres há pouco tempo e não fui ver o Planeta Terra porque o Kasabian cancelou e eu também tinha visto Suede em Londres. Mas tudo isso era só desculpa para ficar trancada em casa.


Titãs na São João

Charles Bradley na República


2013 eu comecei a me mexer de novo...






sábado, 27 de fevereiro de 2016

Mudar, mudei, mudamos?

Sei que devo ter mudado muito como pessoa, não tenho os mesmos apegos e crises de antes, mas muitas vezes as mudanças nas pessoas me chocam...
Assim como me choca quando não mudam também... 

É engraçado você encontrar alguém que não vê faz tempo e sentir que a pessoa está na mesma: pensa do mesmo jeito, faz tudo do mesmo jeito, parece que o  tempo não passou para ela e aí isso faz com que eu não tenha o que falar com essa pessoa, perdeu a razão de ser da amizade.

Muito pior é perceber que algumas pessoas mudaram tanto que você acha impossível se relacionar com ela. Já viram aquele tipo de pessoa que era difícil, mas ficou pior? Aquela pessoa que você era amiga, aceitava algumas coisas que você não concordava pra não "ficar de mal", mas hoje pensa que nem esse apego vale a pena, que é melhor se afastar mesmo? 
Aquela pessoa que foi para um lado tão xiita (e nem é xiita do Oasis rs) que não tem volta a amizade?

Realmente é muito engraçado rever pessoas e ver essas coisas, fico imaginando o que aconteceu para "desandarem" assim... não progredirem... e não penso no que pensam de mim hoje porque não acho que fui pra lados extremos nem virei a chata que põe defeito em tudo.

Se eu não me sentisse uma pessoa melhor, eu continuaria sendo turrona com tudo, acredito que eu tenha dado uma maneirada nisso, na questão de gostos até. Senão, como veria The Voice Kids e aguentaria os jurados? Antes eu os tachava de várias coisas, todos os quatro só porque a música deles não serviam pra mim. Hoje não sou tão turrona com eles, mas não ouço as meninas popzinhas norte-americanas por exemplo, mas sou capaz de não curtir a música e dizer que a voz de Demi Lovato é poderosa, o que não admitiria anos atrás...

Fico pensando que por mais roqueira que eu seja, hoje consigo dar abertura para conhecer as pessoas, mesmo que não goste da música delas, como no caso de Ivete e os irmãos Vitor e Leo. Carlinhos tem belas músicas, mas há alguns anos não admitiria isso rsrs

Sinto que eu estou mais maleável, não eclética, mas aceitando melhor o gosto dos outros e apreciando de longe coisas que não apreciava. Claro que isso não quer dizer que eu vá assistir Big Brother, aí já é querer demais de mim, mas vejo uma melhora em mim mesma, porque quanto mais eu botava defeito nos outros, detestava, discutia que isso e que aquilo, mais mal fazia pra mim mesma.

Quando vejo pessoas que foram minhas amigas ainda fazendo críticas às mesmas coisas, vejo pessoas tristes, porque parece que a vida delas só faz sentido em mostrar suas críticas. Se tornaram críticos do sofá que só reclamam de lá e não fazem nada  - em nenhum sentido - e tudo tem uma teoria da conspiração por trás (é, ficaram meio obcecadas ...) e nada, nada, NADA está bom.
Tudo é uma sucessão de ruindades e que se ela\ele estive naquele lugar, tudo seria diferente.

Ficam em seus cantinhos botando defeito de tudo e isso me parece tão solitário. Pior, pensam que outras pessoas se valem das críticas deles para viver, que tudo gira em torno do que eles pensam, que as informações deles são as mais úteis do mundo e que as pessoas esperam ansiosas por suas indicações. Triste, triste, TRISTE.

Fico com dó dessas pessoas, queria que elas acordassem e fossem viver um pouco ao invés de se acharem as bolas mais recheadas do pacote mofado.

O tempo passou e só essas carolinas não viram...

Ou será que eu também não vi ao criticá-las aqui?


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

De Bowie e Vonnegut

Janeiro trouxeram duas surpresas pra mim, uma triste com a morte de David Bowie e uma surpresa perplexa pela leitura de Matadouro número 5 de Kurt Vonnegut.

Não sou a maior fã de Bowie, nem a maior conhecedora - conheci fãs ardorosos deste senhor e aprendi com esses e,  mesmo que ele dissesse que não,  com o filme Velvet Goldmine. Não aprendi que ele gostava de meninos e meninas, descobri como era a sociedade da época e o impacto que ele causou, a partir daí comecei a admirar Bowie, não era mais só o rei dos elfos de Labirinto, era um cara muito além de seu tempo e que poderia estar onde quisesse, tocar o que quisesse, ele tinha um brilho próprio pra isso e fazia tudo com maestria, inclusive cinema.

Estive em Brixton várias vezes (porque morava perto e gostava do mercado de lá) e não achei até agora a foto de uma loja de departamentos que tinha uma homenagem pra ele... vou achar a foto e postar, prometo!
Brixton é um bairro bem peculiar que uns ainda acreditam muito subúrbio - no que tem de pior de chamar um lugar de subúrbio: a segregação. Ouvi de uma brasileira a frase: "mas lá é bairro de negros!" como se fosse um lugar diferente dos outros... lembrei da música do Clash (Guns of Brixton) e na verdade achei um bairro de todo mundo. Não tão longe do centro, com um local de shows memorável, uma parte comercial muito legal com uma espécie de mercadão, Brixton Market, com comida de todo lugar, inclusive brasileira. E os brasileiros lá ainda pensam que Margareth Thatcher ainda manda no país... pararam no tempo.

Brixton é muito legal! Como disse tem o comércio, tem a música, tem o metrô, tem o parque, tem vida, vida múltipla como a de Bowie que não poderia ter nascido em melhor lugar para saber que romper com os grilhões dos coxinhas do seu tempo era fazer um bem não só aos negros de Brixton, mas a todas as pessoas do mundo que o ouviram e se sentiram reis e rainhas por um dia.

O que isso tem a ver com a leitura de Vonnegut?
Seu livro fala de um personagem que não tem nada de Bowie, de uma guerra que Bowie mal percebeu acontecer porque era bebê, mas um cara que lê ficção científica e acredita que não morremos, estamos vivos em algum lugar no tempo.
Bowie também ficará vivo no lugar no tempo em que o descobrimos e o amamos, seja como um alienígena no seu mundo ficcional.
Billy Pilgrim, pelo contrário, parece que nunca será lembrado por ninguém e em nenhum momento do tempo.

A literatura de Vonnegut me pareceu certa para um filme: um filme em que tempo espaço se misturam como se misturam na cabeça de Billy, algo que poderia ser feito por Michael Gondry ou algum outro cineasta mais engenhoso e menos conservador, que goste de abusar do conflito que irá passar para seu público, que o público sai do cinema e ainda pense: "mas...e... se... Billy...".
Fiquei imaginando como seriam as cenas nesse vai e vem de vários momentos no tempo: 1945, 1958, 1968... algo como entrar e sair do tabuleiro de Jumanji... é, fiquei piradinha rs

A verdade é que li muito rápido Matadouro número 5, li rápido e não via a hora de saber sobre o bombardeio em Dresden, saber se os alienígenas o devolveriam, se ele deixaria de ser aquele cara apático que nunca chorava. E chegando ao final vi que nada disso importava, o que importava era o que tinham feito com a cabeça de Billy, o que a guerra fez com as pessoas, o que uma vida ordinária faz com as pessoas e  que a vida precisa de mais que isso para ser plena.

Acredito que Bowie descobriu o que era esse mais na vida e teve uma vida plena. Bowie não foi mais um experiência alienígena para Ziggy Stardust (ou o contrário).
Espero que Kurt Vonnegut também, apesar de ter vivido o bombardeio de Dresden e tantos momentos tristes em sua vida.


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Blog ou o Diário do Desassossego

"Não escrevo para agradar
nem para desagradar
Escrevo para desassossegar"  Fernando Pessoa

Foi essa trovinha do Fernando Pessoa que me fez pensar que todo blogueiro - ou os blogueiros clássicos rs aqueles que usam esse espaço como se fosse um espécie de diário - esse lugar para desassossego. Eu também escrevo para sossegar minha mente, mais que meu coração. Acho minha mente muito rápida e incessante às vezes e, quando não escrevo o que preciso, ficam martelando dias e noites os pensamentos.

Tenho uma mania ruim de me apegar a algumas ideias, ultimamente tenho uma que não me dá sossego e já estou ansiosa o suficiente pensando em como minha vida profissional tomará rumo.
Terminei outra faculdade e cada vez que penso em voltar para uma sala de aula um desespero cresce dentro de mim: não tenho mais saúde REALMENTE para dar aula. Não é mais uma questão de não ter paciência, não ter mais motivação é uma questão psicológica, psiquiátrica, talvez, eu não consigo me sentir bem dentro de uma sala de aula.
Posso saber tudo de como fazer, lecionar, mas não tenho mais condições... não é questão de gosto, como já cansei de falar aqui, é questão de sofrer ou não sofrer. E hoje eu sofro só de pisar numa escola. Sou tomada por um desespero que combato tentando me manter calma, ou pelo menos fingindo que não dou bola (que não estou nem aí para os alunos que me infernizam ou até a direção da escola totalmente omissa), mas o ponto não é esse. O ponto é que não consigo mais e pronto.
Podem vir amigos me dizerem que sou uma excelente professora, que todos gostam da minha aula (quando tinha alunos que se importavam com isso), não consigo.
Me dizem para dar aula em escola particular, para dar aula em faculdade, mas eu simplesmente não sinto disposição, não sinto vontade, não sinto ânimo, não sinto prazer. Como quando dei aulas de inglês, eu me sentia mais infeliz do que na escola pública, me sentia mais um zero do que com meus alunos sem iPhone.
E isso vai me dando uma ansiedade das grandes.

Mas outra coisa que tem me remoído é a quase vontade de entrar num site de relacionamentos amorosos... entrar num site desses para mim é quase um suicídio (ainda acho o suicídio melhor, mas...)... mas estou começando a pensar no assunto, a dar o braço a torcer para ver se minha vida amorosa anda... do jeito que está não dá, ou seja, não anda há tempos, não vai pra lado nenhum. Só que isso não quer dizer que eu não tenha medo (MUITO MEDO), também me dá um desespero pensar em entrar num site ou aplicativo desses e... bum! Mais um canalha na minha vida... não quero mais colecionar canalhas, não quero mais ser enganada com palavras do tipo: comigo é diferente.
E no final ser diferente mesmo: ser pior!
Tenho medo das pessoas, tenho medo, muito medo, mas ao mesmo tempo queria muito alguém que estivesse interessado em estar ao meu lado, que quisesse compartilhar a vida, que um abraço apertado fosse o melhor de tudo e que estar junto não fosse um fardo.

Mas o medo é maior e não vai ser dessa vez ... também não consigo...

E só de escrever aqui já a alma não é tão pequena, só menos desassossegada.