quinta-feira, 30 de julho de 2015

DESfacebookZAÇÃO

Desativei meu Facebook e me sinto uma pessoa mais ativa depois de alguns dias sem... é, ativa depois de desativar!!!

Muito engraçado como você percebe que era algo tão inútil depois que sai de lá.
Quando entrei, achava que assim manteria mais contato com meus amigos, outros que não via há muito tempo... mas não... se torna algo fútil, inútil, corriqueiro, sem valor. A amizade não se intensifica, muitas vezes, nem se mantém. Parece mesmo que as pessoas se mantém suas amigas lá por pura diplomacia, pois você percebe pelos usos que fazem, pelos foras que dão, principalmente as contradições em que caem nas redes sociais... 

E aí eu resolvi parar de tentar manter amizades que não são recíprocas, já foram, não são mais e se não são mais, acho que as pessoas não têm que se enganar. Eu parei de me enganar e gostaria, imensamente, que parassem também.
Se eu encontro a pessoa e a adiciono no facebook e o outro não está na mesma sintonia é só deletar o pedido! Simples! Sou sempre a favor da verdade: não quer, não sente a mesma afinidade, deleta... 

Sinto muitas vezes que as pessoas têm medo de mim... tudo bem, eu sou uma pessoa intempestiva, mas eu tenho melhorado muito meu humor!!! Dois anos fazendo terapia com uma profissional de verdade tem feito bem para que eu repense meu modo de agir com as pessoas e seja mais leve com a vida. Claro, estou tentando e sair do Fb já ajudou muito!
Porque sempre que entro lá é aquela coisa de pensamentos diferentes, discórdias, sarcasmos, ironias, brincadeiras de mau gosto e muito, MUITO gelo... Sim, as pessoas dão geladas... lhe adicionam como amigas, mas dão geladas, lhe ignoram, não respondem suas perguntas, tratam como se você não existisse, então por que adicionar se não se faz questão nenhuma daquela pessoa? 

Dó, pena, diplomacia? Seja o que for, é pior, é muuuuuito pior... e outra coisa que também acontece muito: deixar pra responder depois, olhar o Fb de relance no celular e pensar "depois respondo" e esquece... isso não me magoa, mas eu percebi que estava fazendo muito isso e sei que deve magoar os outros, mas dentro do possível eu procurava responder, mas não achava isso justo, não mesmo.
Tanto que agora, sem facebook, consigo responder meus e-mails, consigo me concentrar mais nos amigos do que dentro do "feicí".

Não deletei a "rede social", minha atualizações ficarão por conta dos aplicativos que uso e estão interligados... (fiquei com preguiça de separar um por um) como andei dizendo, o fb parece um polvo cheio de tentáculos e citei a família Greyjoy de A Guerra dos Tronos que o símbolo deles é a Lula Gigante, além de serem piratas... ou quase...

Vou deixar lá, sempre tem alguém que pode não ter meu e-mail, mas quem tem sabe onde me achar, além daqui, dos outros blogs, do Instagram e do Twitter (esse eu desvinculei do Fb)
Agora estou aberta aos amigos de verdade, à vida, à leveza do ser, à alegria e a aproveitar o que há de bom fora de uma rede social gigante como o Facebook.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Desabafo

A  vida não é como a gente sonha.

Eu já sonhei, quando criança e adolescente que tinha sido trocada na maternidade e que, a qualquer momento, alguém descobriria que aquela não era minha família e minha vida deixaria de ser miserável.

Isso nunca se concretizou, claro, um sonho estranho para alguém com dez anos de idade, mas que já sofria demais para sua idade.
Ter um pai alcoólatra destruiu todos os meus sonhos infantis e adolescentes, um por um a cada novo ano, novas frustrações, novos traumas, novas humilhações, novos bullyings. Tudo girou em torno de uma vida infeliz dentro de casa.

Porque não basta beber, tem que xingar, tratar como lixo sua família, mesmo que seja sua esposa e seus filhos pequenos e até bater. Espancar com mangueira de lavar quintal, pedaço de borracha, cinta e até o lado sem gume de facão.
Tudo pode ser usado para criar filhos para que não tenham autoestima,  perspectiva de vida,  apoio para que se tornem pessoas extremamente tímidas, desconfiadas, ansiosas, inseguras.

Como disse no post anterior só não me matei por causa da minha mãe e da minha avó, só não abandonei minha mãe por medo de que algo acontecesse com ela, mas hoje eu sei que não dá mais para eu cuidar dela e não ter quem cuide de mim.

Tomo antidepressivos, ansiolíticos, calmantes (quando necessário, como hoje que não dormirei bem se não tomar o Rivotril para acalmar meu peito que está tremendo demais). Tomo porque viver não é fácil e eu acho que já cuidei demais dos outros e pouco de mim, daí 8 anos de remédios controlados...

Se eu não fizer nada em breve para que a minha vida realmente mude, não sei se pararei internada ou morta por um infarto fulminante... eu sei que não posso mais ajudar minha mãe, ela nunca se ajudou como eu também sonhava: se separar do meu pai.
E eu não tenho mais idade nem saúde (muito menos vida) para continuar a acompanhar a vida de uma casal surreal, enquanto minha mãe é a Amélia e tenta há anos fingir que está tudo bem ou que vai melhorar fazendo promessa, meu pai está cada dia mais louco (demência alcoólica) e não para, não para, não para, não para, não para.... de fazer escândalos, de nos fazer morrer de vergonha dos vizinhos e parecer que a vida poderia acabar agora porque não se aguenta mais aturar alguém assim...

2016, ou eu mudo  tudo ou eu não suportarei...
Por que só ano que vem? Foi o prazo que dei pra mim mesma e pra minha mãe e porque me formo esse ano e espero começar com novo emprego que eu possa bancar um aluguel longe daqui.