domingo, 17 de maio de 2015

Os shows que vi - parte 6 - Londres III

chovendo, mas o povo estava preparado
Depois de um longo tempo, estou aqui pra mais 10 shows que vi, ainda na fase Londres.

50 -The Killers, Hard Rock Calling, Hyde Park, Londres - 25/06/2011
reparem ao lado, os tapumes

Uma das minhas bandas queridinhas vista do vão - espero que o vão conte como ver um show.
Explico: quando há shows no Hyde Park, a parte que será o show, pago, eles colocam tapumes metálicos para cercar o local e só entrar quem pagou pelo show. Entre esse tapumes há, se você der a volta no parque, como fiz um dia antes, vãos e buracos de onde víamos o show.
O vão!
É, víamos, alguns vãos eram disputadíssimos!
No dia anterior, como falei, era o show do Kings of Leon então eu passei por lá só pra ver se daria pra ouvir o Killers e reparei nesses vãos que o povo ficava e pensei: amanhã é nois! rs
Sim, no outro dia muita gente que não pagou ou não conseguiu comprar ingressos (sempre tudo lá é sold out) ficou do lado de fora ouvindo e cantando.

Eu saí do trabalho e fui pra lá, pobre como sempre, e como já tinha visto duas vezes os matadores, resolvi dar um tempo pro meu cartão de crédito brasileiro e decidi que só ouviria o show. Fiquei triste, mas era uma coisa que eu tinha que fazer por conta da falta de grana.
Mas foi muito divertido, apesar de ver quase nada, e ter que me revesar com o pessoal que ficava ali querendo ver. Havia um grupo de pessoas divertidas, que cantavam, pulavam e dançavam com as músicas e eu me empolguei também cantando e pulando junto! Não foi tão ruim como pensava que poderia ser...
Tanto que fui no outro dia... o show 51 é o Arcade Fire. O mesmo grupo de pessoas estava ali e cantamos e pulamos de novo e não estava chovendo, como no dia do Killers.

adivinhem...
O único problema do vão desse lado do era ser perto do banheiro
Arcade Fire, palco
masculino... e... homens apressados e ou bêbados não prestam atenção se há pessoas olhando o show pelo vão e vão abrindo suas calças... por mais que víssemos os caras chegando - algumas vezes os seguranças os mandavam pro lugar certinho e não pra fazer ali, nos nossos pés, praticamente (só separados pelo tapume), mesmo assim tive algumas visões do que não queria ver... e uma mulher com uma menina estavam assistindo também o show... a hora que vi que um cara chegava pra arriar as calças pedi pra mãe: não, agora, não... não deixe que ela veja...

Também morri de inveja de algumas pessoas que me disseram que estavam no Albert Hall do Killers, que os tinham visto umas 5, 6 vezes... ô inveja!!!
A verdade é que os dois shows foram lindos, apesar da pouca visão que tive: os Killers terminaram com fogos de artifício e Brandon cantando Moon River... apaixonante!


E o Arcade fez um show vibrante, que reverberou até do outro lado do tapume.

A partir daqui estou do lado de dentro do tapume e longe do banheiro masculino!

Wireless Festival, Hyde Park, London, 3 de julho de 2011

O Festival teve 3 dias: sexta, sábado e domingo, eu só fui no domingo, porque era O dia com o fechamento da noite do Pulp... fiquei ansiosíssima por esse dia.
Blind Pilot
Devotchka
Yuck

Cheguei cedo, sempre fazia isso, afinal, não tinha o que fazer na casa que morava ao não ser sair correndo...
começamos com Blind Pilot, mas não vi inteiro, conta como show  52?
Darei 52 pro Devotchka porque assisti todo e foi muito bom! parece uma banda de circo, sabe? mas são super irreverentes, muito bons!

Eu peguei o finalzão do Yuck, super hype na época.

Mas o 53 é o Metronomy, muito dançante, muito bom! E criativos.

54 - The Horrors, hiper dark o som deles e eu só ficava pensando que o vocalista é filho bastardo do Ian McCullogh rs e se parecia o Richard Ashcroft...

55 - The Hives, esses suecos não são frios, são quentíssimos!
Divertidíssimos, botaram todo mundo pra pular e e pra acompanhar as brincadeiras do vocalista. Adorei o show... são muito, muito bons ao vivo! Ainda mais vestidos de fraque e cartola!


Vi um trechinho de Liam Bayley and cia, mas eu não estava num clima folk, ainda mais depois do Hives...

56 - TV on the Radio - a banda é boa, mas não me impressionou, o vocalista fazia gestos dançando que parecia o Renato Russo rsrs

Grace Jones chegando em sua nave...
Liam Bayley
TV on the Radio
Foals
Daí foi o xou da Xux... ops! Vez da Grace Jones no palco principal, ele também fazem besteiras grandes na ordem e palcos... quando a aeronave aterrissou, eu fui pro palco menor ver o 57 - Foals que estava louca pra ver e que encheu o local minúsculo a que foram relegados...
Povo vendo Foals pelo telão, não cabia mais gente na tenda!
tenda do Foals
Eles mesmos não curtiram o palco e o vocalista reclamou que aquele palco era pequeno pra eles e pela procura do show deles, que a Grace Jones deveria ter sido em outro. Realmente, porque a maioria saiu do principal pra ver o Foals, como eu... e não dava conta,fora que a iluminação e a fumaça ficaram presas na tenda do Foals (reparem nas fotos).

Ainda deu uma xeretada no Funeral Party:


E finalmente aqueles que todos esperavam: 58 Pulp!!
Assim que terminou o show do Foals, eu e a maioria das pessoas voltamos pro palco principal para esperar o show do Pulp. Todo mundo parecia bem ansioso, pois desde o começo, víamos o letreiro da banda pendurado no alto, sem luz, mas estava lá.
Este não consegui o gargarejo, dessa vez ninguém quis sair pra beber e largar o posto!


O suspense para entrada foi grande, mas quando entraram no palco o Hyde Park foi abaixo!
Nunca vi ingleses tão felizes e cantando todas e pulando, era lindo! Eu só pensava: se tivesse crescido aqui como esse povo, eu também teria tido as mesmas experiência com o Pulp: ver shows, ouví-los no rádio (os ouvi muito em supermercado lá rs), coisas que sempre sonhei que minhas bandas fizessem esse sucesso no Brasil, mas... o melhor é que pulei com a inglesada. Duas meninas perto de mim, pulavam muito e se deliciavam com o show como se "os bons tempos tivessem voltado". 
Show com direito a confetes, serpentinas e muita música.
Jarvis Cocker tem domínio total do palco, dança, pula, rebola, faz piadas até sobre Sheffield e canta muuuuito! Um show com direito, no final ao letreiro nos dizer: Good Night! Pulp loves you.
Imaginem todo mundo cantando - só eu com sotaque rs - Do You Remember the First Time? uma explosão de pessoas pulando e cantando o mais alto que podíamos... emocionante!
Adicionar legenda
Um show incrível e um dos melhores que assisti.













Mais fotos:
Fazendo Selfie e... os ingleses não deixam rs
Lá longe fica o vão que estive nos outros shows

Festival é sinônimo de paz, tranquilidade e diversão com os amigos e família



 No próximo post, começamos pelo 59 porque este já está beeeem movimentado, né?




sábado, 9 de maio de 2015

Orgulho de mãe postiça

Como todo mundo sabe (ou não rs) não sou mãe.
Acredito que não venha a ser. Primeiro porque não me vejo com uma criança nos braços, não vejo grávida, não me vejo assim, parece que pra mim essa fase passou. Segundo que criar filho é criar com família, desculpe, eu acho que um pai presente é fundamental além da mãe,claro.
Eu acho que criança bem criada teve educação, atenção e amor de ambos os lados.

E como não tenho filhos e não devo vir a ter eu sei um pouco do que sente as mães, acho eu.
Sinto um imenso orgulho cada vez que encontro um ex-aluno que me conta, feliz, que está indo bem na vida, na profissão, na vida amorosa... enfim... seja onde for. E me sinto mais feliz por ter feito parte da vida deles de alguma forma.

Muitos estão no meu Fb e se lembram com carinho de mim e contam coisas que eu disse a eles que nem eu lembrava que falei e essas palavras foram o motopropulsor para o crescimento interno deles, fortaleceram seus sonhos, ajudaram na autoestima, viram a vida como um leque aberto de opções escolhas e oportunidades.

Vim aqui só pra dizer o quanto eu fico feliz cada vez que eles me contam ou vejo fotos de como a vida deles é rica, rica de amor, de alegria, de criatividade e força em não desistir dos sonhos. O quanto eu fico feliz de revê-los e eles me reconhecerem com um sorriso de "professora, que saudade!".

O que sinto cada vez que vejo essas carinhas que me cumprimentam e gostam de mim até hoje talvez seja o que uma mãe sinta quando vê seus filhos progredirem, seguirem com as próprias pernas e ganhar o mundo. Porque muitos eu os vi crescer, chegar no ano letivo seguinte e estarem mais altos que eu e ver a voz mudar, ver as meninas se tornarem mulheres lindas com objetivos na vida que as valorize...

Toda vez que um aluno me pergunta se tenho filhos, eu digo que tenho e digo o número de alunos que tenho naquele ano rs

Bem, se isso não é orgulho de uma mãe de algumas horas por semana, uma mãe postiça, não sei o que é...

Desenho de um ex-aluno que hoje trabalha com animação *-* Lagriminhas quando soube disso rs