sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A rádio do fim do mundo

(Postado inicialmente há mais de uma hora no Facebook - por mim, claro)

A 89 FM voltou!!

Deixamos de ser órfãos!!!!!

Quando a rádio deixou de ser rock eu tinha birra dela e até falei: benfeito!
Explico: o Zé Luis (aquele que faz propaganda das Casas Bahia) que apresentava um dos programas de maior audiência - Do Balacobaco, uma imitação do Pânico - respondeu com bastante arrogância a uma ouvinte que pedia para tocarem Suede:

"Ninguém conhece, que é isso? (rindo) vamos perder audiência se tocarmos isso..."

Dito e feito (praga de urubu rs) a Rádio, daí alguns meses deixou de ser rádio rock e ele foi um dos demitidos.

Eu odiei esse comentário e, como pessoa simpática que sou, deixei de ouvir a rádio - eu tinha a Brasil 2000 fm que era minha queridinha do coração porque era mais indie e TOCAVA SUEDE.

Daí a praga de urubu cai sobre mim: cadê as rádios rocks?
Voltei de Londres e a Brasil 2000 tinha ido pro saco - virou Eldorado - com música, a Eldorado anterior virou notícia -, a Mitsubishi também deixou de existir e era muito boa... a rádio Oi nunca mais achei! A Eldorado até é legal... mas haja saco pra aturar umas coisas moles que eles tocam como cool...

Saudade das BBCs... 1 e 2...

E estava me sentindo a própria tia que foi pra Woodstock só ouvindo a Kiss Fm, ficar sem saber as novidades pra mim é triste, ainda mais que baixo músicas sem parar e não ouço... sou movida a rádio mesmo... tiazona de Woodstock rs

Daí eu e a Marcia Oliveira comentávamos sobre a falta de uma rádio rock que toque bandas atuais e ela mesma me disse que a 89fm parecia fazer uma campanha pra voltar a ser o que era...
E hoje ela me avisa com um sms.

Quando li, pensei: pô, se vão ficar tocando farofa o dia todo não vai adiantar muito (eu, a má), mas liguei o rádio e dei de cara com o Tatola (Brasil 2000) e ele tocou a sequência Muse, The Cure e Franz Ferdinand... bem... ele parece que me conveceu até aqui... esperemos os próximos capítulos... (vão precisar tocar Suede pra eu acreditar rs)

E assim acabou o mundo! Com R.E.M. (o video mais postado no dia de hoje?)


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Lembranças do remake

Este blog já foi bem mais atualizado e com longos textos.
Espero voltar à forma (física também rs) e escrever mais, não só aqui como nos outros blogs. A minha experiência quase surreal em Londres eu ainda não terminei... muitas e muitas coisas acontecendo e nada de tempo e cabeça para escrever. (qual blog de Londres? e tem outra ainda? respondo em pvt se você que perguntar merecer, desculpe, minha falta de intimidade com as pessoas, tornei-me mais antissocial do que já era... regulando MESMO o acesso aos blogs...)

Bem, mas resolvi voltar de um jeito mais ameno, falando de qual é minha lembrança da primeira versão de Guerra dos Sexos, atualmente em um remake global.

Eu lembro muito pouco da novela e não é só pelo fato de ser pequena na época (8 anos e não faça contas! rs), mas acho que minha mãe e minha avó não tinham o costume de acompanhá-la fielmente, porque há novelas que eu tinha menos idade e me lembro mais da trama, como Elas por Elas, que eu adorava o Mário Fofoca...
Acredito que pelo fato de eu ter mudado para Findomundópolis exatamente no final desse ano tenha feito alguma diferença nas minhas lembranças do ano de 1983...

O que lembro: que a novela era gravada no Shopping Eldorado, as externas.
Shopping Center em São Paulo era uma coisa totalmente elitizada no começo dos anos de 1980. Que eu me lembre só havia o Eldorado, o Ibirapuera (porque tinha sempre as propagandas do lápis vermelho e sua liquidação) e acho que o Iguatemi.
Pra todo mundo isso era uma grande novidade, uma coisa diferente que não tínhamos ideia de como poderia ser, somente pelas cenas da novela.

Um belo dia, minhas tias inventaram de ir até lá, conhecer o outro lado de São Paulo...
Um sábado foi a reunião do povo em excursão para o shopping: lembro bem do fusca azul de uma das minhas tias porque era aquele que no fundo tinha um buraco ao invés de um porta malas e eu e uma prima fomos lá, sim, nosso assento reservado. O outro carro até hoje tento lembrar... não sei qual era... mas fomos em dois carros: tias, tios, primas.
Antes de chegarmos lá, nos perdemos e ainda lembro (é o verbo mais usado aqui hoje) das minhas tias admirando as mansões próximas por onde passamos... devemos ter nos perdido pelos jardins ou na parte do alto de pinheiros, longe da marginal que seria o caminho mais fácil, talvez, para ter chegado no Shopping.

Quando chegamos e vimos, o assombro: era ali mesmo onde se gravava a novela! Era a mesma fachada com vidros fumê!
Na entrada mais olhos arregalados por tudo: era enorme, era cheio de gente, de coisas, de cores... algo nunca visto antes por nós que saímos dos confins da ZL.

Tias falando: não solte da mão! Não vão se perder! Pega na mão delas, cuidado porque é fácil se perder aqui! 

E lá ia todo mundo de mão dada olhando toda aquela maravilha - parecia uma maravilha...
Antes de irmos embora fomos brincar nuns brinquedos que tinha na parte térrea do shopping, era uma espécie de parquinho e que víamos também na tv com uns helicópteros ao invés de "jaulas" de roda gigante, que subia e dava a volta no brinquedo... me senti toda-toda guiando o tal helicóptero que era o brinquedo que toda criança via na TV na propaganda e queria brincar um dia.
Um dia ir no Shopping da novela e pilotar o helicóptero...

Sobre a novela?
Não lembro muito mais do que a cena clássica de Fernanda Montenegro e o saudoso Paulo Autran  jogando comida um no outro no café da manhã - talvez até por ter visto tantas vezes no Vídeo Show... - lembrava de alguns atores e atrizes na trama, mas não dela (a trama) num todo.
Apesar que aos poucos tenho lembrado de algumas coisas com o remake, mas acho que com a palavra "sexo" no título de uma novela às 19h, em 1983, tenha feito com que tenha sido menos assistida pelas donas das casas em que vivia: minha mãe e minha avó, com certeza pela cara feia dos homens da casa (e aí estaria a verdadeira guerra dos sexos ganha por eles: meu pai e meu avô). Não só na casa delas como em várias: como pode uma novela com uma palavra dessas no nome!? (é! tinha isso também!)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

sábado, 29 de setembro de 2012

248-Uma música de um artista que, na sua opinião, "fala demais" sobre o que não entende

Pra mim, eles são ridículos e têm uma argumentação fraca de senso comum, uma cabecinha muito pequena e que tenta mostrar uma visão de mundo maniqueísta. Charlie Brown Jr ganha o número 248 sem vídeo porque, como sempre, não vou me torturar aqui. Quase o Grabriel enganador ganha de novo, afinal, playboy entende o que de vida na periferia?

domingo, 2 de setembro de 2012

226-Uma música para vomitar

eu poderia citar mais losermanos... mas eles já apareceram demais aqui! Então, como não posto coisas que não gosto, qualquer pagocitose, axéexu ou sertanojo poderia brilhar aqui... mas já que eu gosto TAN-TO dos losers, vai a mulherzinha de um deles... pra vomitar... isso é tortura! prefiro a morte!

era melhor ter postado Molejo rs



Daí tirei o video porque chega de fazer propaganda de lixo, né?

sábado, 1 de setembro de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

208-Uma música para esvaziar uma pista de dança

Bem, essa costumam tocar para dizer que a balada acabou e realmente o povo sair da pista de dança e ir embora rs


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

domingo, 8 de julho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

165-Uma música com o nome começando em Q

... ou uma boa desculpa para o grande James Stewart aparecer por aqui...
Pra você, pobre criança que nunca assistiu um clássico do cinema, ela não grita porque canta mal e sim porque tem a ver com a cena...

blog de mudança

quem quiser continuar lendo, deixe um comentário, com email seu email, para que eu envie o novo endereço em breve.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

145-Um jingle que você goste

Difícil escolher uma...
Minha preferida, ever!



Depois temos essas...





Que fim levou a bala Kids e o café Seleto?

Aí você começa a ver as relacionadas no Youtube...

sábado, 2 de junho de 2012

143-Uma música que você goste e tenha sido acusada de plágio



Pra você que não sabe, Rod perdeu a batalha para essa música aqui do Jorge Benjor, considerada a "inspiração" para a música acima...


quarta-feira, 30 de maio de 2012

140-Uma música para ouvir em uma banheira de sangue cercada por velas

Essa é a semana do demo rs
Seria pra se suicidar mesmo ouvir essa banda... com ela duas vezes aqui, tô quase lá rs

Pense, se você não quer ser o vencedor e quer ser o Loser... melhor ficar numa banheiro de sangue, cercada de velas e ouvir esses infelizes...
Afinal, tem que vir sem gosto de viver mesmo rs



segunda-feira, 28 de maio de 2012

sobre a postagem abaixo

Alguém trabalhou sim, por lá: a CET que não deixou ninguém ser atropelada e nem era trabalho deles.

Ah, os vendedores ambulantes fizeram a festa!

Não havia nenhum banheiro químico do lado de fora do parque, como acompanhei a fila por todo o entorno do parque não vi nenhumzinho!

As fotos que não querem calar:

Povo feliz esperando a horas...

A única pessoa feliz: ambulante - reparem na placa de aço ao redor do parque.

Povo tentando assistir o show do outro lado da rua - lado contário à fila

Show do Horrors ou show de horror? (apenas uma brecha do telão)


tá vendo azul lá no fundo? é o show do Franz Ferdinand!

Contra ignorância, parece que realmente não há remédio...

Ontem era para ser um dia muito legal para todo mundo que gosta de boa música, principalmente quando ela é de graça.
Fato raro no Brasil, que adora cobrar preços exorbitantes para todos os shows e ainda fazer um apartheid chamado "pista vip".

Todo mundo sabia que por ser de graça e brasileiro sustentar a máxima "até injeção na testa!" o local ficaria intransitável em pouco tempo, que se fechassem mesmo as portas do parque muita gente ia ficar de fora, mas por uma vontade de acreditar e sonhar que o Brasil ainda poderia ter jeito, dei minha cara à tapa e fui com minha prima.

Há coisa de uns 3 anos participei de um show gratuito no mesmo Parque da Independência, era um show do tenor italiano Andrea Bocelli, que foi acompanhado por Toquinho e, o que eu não sabia, teria a participação de Ivete Sangalo - o que só aumentou o número de pessoas que foram à apresentação por conta da cantora que tem uma popularidade incrivelmente grande. Claro, isso só tornou maior a confusão, mais pessoas indo por conta da cantora.
O engraçado é que apesar disso e de toda a falta de ordem, o show foi assistível pela grande massa que estava lá: pessoas vendiam bebidas, comida, capas de chuva; o povo se amontoava por todos os cantos do parque, mas não houve confusão de grande porte.

Pensando exatamente nesse show, fui porque pensei: chego mais cedo, fico longe, mas vejo do "morrinho" o show. Minha prima também pensou o mesmo e fomos.
Chegamos às 14 porque imaginamos que muita gente querendo ver o We Have a Band faria com que não tivéssemos onde estacionar o carro da minha prima. Ainda assim achamos uma boa vaga, cobrada, adiantadamente pelo flanelinha, por 10 reais... e a gente sabe que não adianta se indignar com flanelinha, a rua é deles e somos todos reféns de tudo: ou 10 reais ou um pneu furado, um vidro quebrado, um risco enorme na lataria etc.

Chegamos e fomos pra fila, estávamos na parte de cima do parque, deixamos o carro numa rua perto do Sesi e fomos descendo... acompanhando a fila que nunca terminava...
Descemos até chegarmos ao famoso riozinho do Ipiranga, aquele...
E quase um vivemos "Ignorância ou morte" por tudo que passamos.

Fomos descendo e não havia uma fila preestabelecida logo de cara... só havia um entrada e todos os outros portões fechados, além de chapas de aço dando a volta no parque, por cima dos alambrados. Não víamos nada: se tinha gente lá dentro, se havia quem cuidasse de tudo aquilo, não havia informação nenhuma além de na rua do portão principal uma faixa falando do show que ocorreria ali.
No começo da descida da rua havia uns cavaletes, mas depois não havia mais nada: só gente... e fomos, demos a volta no parque  para pegar a fila e ficamos...
Ficamos até o final trágico tentando chegar ao fim daquilo (pelo menos "o fim" como  sendo "entrar no parque").
Pegamos a fila e fomos andando e passando por um sol danado em cima; muita gente querendo cortar a fila e muito estresse.
Ficávamos na fila e toda hora chegava mais e mais pessoas, mais pessoas passávamos por nós e mais pessoas tentavam passar por nós, dessa vez, na fila.

Com certeza, sem uma organização, muita gente deve ter entrado fácil, na ponta do alambrado perto do rio, havia uma brecha e teve gente entrando por aí... se alguém pôs o povo pra fora, não sei, só sei que entraram. Assim como caras que vendiam cerveja pularam o muro com suas mochilas ou vendiam a cerveja pelo vãozinho por baixo da grade, só se via a pessoa colocar a mão pra fora com o dinheiro e o cara passar a cerveja e ele ainda gritava ali pra que mais pessoas fossem dele comprar.

Vimos quase uma briga na nossa frente por ter gente querendo cortar a fila: como não havia faixa, cavalete e nem guardas para organizar, a coisa ia ficando confusa a ponto de ter um bolo no meio da rua, pronto pra ser atropelado, mas não arredaram o pé dali: era cortar a fila ou brigar por seu lugar ali.
Uma mulher que estava com a filha na nossa frente, chegou a falar com uns poucos policiais militares que estavam ali, estavam apenas olhando tudo na entrada vip (único lugar que tinha uns 3 policiais e umas 3 ou 4 meninas que seriam da organização do evento, de resto, mais ninguém em canto algum - eu dei a volta no parque durante 4 horas na fila, eu sei onde tinha gente ou não).
A mãe foi falar com o policial que nem olhou para a cara da mulher e esboçou um sorriso do tipo: fodam-se! 
E não saiu do lugar dele, só quando encontrou outros de farda e ficaram batendo papo e rindo da cara de quem estava ali, mesmo vendo que brigas estavam pra acontecer e gente por pouco não era atropelada.

ELES NÃO FIZERAM NADA, parecia que não tinha nada acontecendo ali.
Se o tal do "efetivo" da polícia era pouco pro que estava acontecendo era a hora de policiais e organização terem um plano b, ou não?
Ou é melhor ver aquilo se tornar o caos? Porque eu que não sou organizadora de eventos e graças a Deus, muito menos da polícia, estava vendo onde tudo aquilo iria dar e comentava com a minha prima, olhávamos com certo medo o que estava se formando...

O que se formava: gente que não entrava na fila e ficava fazendo um bolo no meio da rua, gente começou a pular o portão, nenhuma informação chegava até nós (chegava, mas do povo que estava ali, não da PM e muito menos da organização do evento) então fomos ficando na fila e escutando os shows acontecerem e isso, pelo que deu pra ver foi sim pontualidade britânica!
Foi a única coisa que vi de britânico acontecendo ali, de resto, era tudo a má vontade e desorganização bem brasileira que ajuda sempre para que falem: também, era de graça!

Não, não era de graça se você pensar que você paga  (eu pago) impostos para manter o parque e PAGA O SALÁRIO DA PM! Eles não são voluntários ou foram sorteados para trabalho escravo no domingo na frente de um Parque, eles ESCOLHERAM essa profissão que nunca dignificam.

Ainda estou esperando encontrar um que dignifique como via em Londres.
Aí alguém vai me mandar lá pro Classe média sofre: ah, ela é esnobe! vai comparar com Londres!
É, eu vou, mas não por esnobismo, mas porque vi que policiais realmente fazem seu papel: organizar a multidão para que não ocorra o caos, proteger a vida das pessoas que estão ali e pagam o salário deles e acima de tudo: têm respeito à vida, seja ela de quem for, sem preconceitos do tipo: ah, um bando de maconheiro que veio ver umas bichas da Inglaterra...

Vai dizer que nenhum deles pensou isso? Já ouvi frases desse tipo em outros shows que fui e daí eles ACHAM que porque eles têm esse preconceito contra tudo e todos não se deve fazer o TRABALHO DELES e sim deixar que se matem, como deixam acontecer em jogos de Corinthians e Palmeiras, por exemplo.

Mesmo que seja mãe com filha adolescente - como a mulher na minha frente que foi totalmente ignorada.

Ah, os policiais em Londres são respeitados, as pessoas confiam neles e eles não têm nenhum tipo de  apelido pra denegrí-los. Pelo menos, não entre quem não é do submundo...
Se um policial te para na rua, você o ouve. Se você precisa de alguma informação ou socorro, ele está a postos.

Ficamos estressadas vendo tudo isso acontecer. Muito nervosismo...
Quando chegamos, rolava o show da banda que faria covers dos Stones... e foi We Have a Band e foi The Horrors e realmente, a gente ali fora viveu O HORROR! O HORROR!

As pessoas vendo que ia ser difícil ver o show foram pro outro lado da rua, mesmo com o problema de serem atropeladas, e ficaram assistido o pouco que se via do telão. Gente subiu nos muros das casas, ficaram sentados pelas calçadas porque parecia o único jeito mesmo de tentar curtir o show.

A fila subia sentido museu e não nos conformávamos de estarmos ali há tanto tempo e sem uma notícia, apenas carros da polícia passando e rindo da gente. Nenhuma informação, só depois das 6 o povo começou a descer falando que o portão estava fechado e ninguém mais entrava. Daí que a multidão começou mesmo a pular, porque pelos vãos da chapa de aço se via espaço dentro do parque.

NADA.
NADA justifica o que as pessoas fizeram, mas organização e controle total desde o começo da situação seria primordial para que nada disso acontecesse, porque seja em Londres, seja em São Paulo, pessoas nem sempre são civilizadas. E por saber disso, mesmo sendo um lugar organizado, Londres mantém rédea curta em seus eventos o que deveria ser muito bem feito em Sampa.
Rédea curta eu digo de modo que tudo fique extremamente organizado e não traga riscos a ninguém.

Se um daqueles que pulavam a grade do portão se espetassem e estribuchasse, morreria ali. Porque a polícia sabia que eles estavam tirando caveletes de algum lugar para pular muros, ou não? Eles não viram? Eles não viram que o caos estava rolando e não sabem o que é um megafone (nem o povo da DESorganização do evento) para, quando via que tinha gente demais começarem a tentar disperçar e falar pra não ficar ali porque não tinha mais jeito? Não tinha como avisarem que tinham fechado os portões?

Claro, quem ia ficar gritando no meio daquela multidão cansada?
Mas tudo isso só se formou porque em MOMENTO NENHUM não houve informação.
A partir do momento que a polícia viu que era gente demais, deveria haver avisos: parque interditado e fechado. Seria o mínimo a ser feito, pelo menos, nas estações de trem e metrô da região e espalhar a informação para as demais. Isso dispersaria as pessoas que nem ali chegariam... pois, perto das 7 da noite, ainda havia fila dando volta no parque.

Quando chegamos mais perto da entrada e era certo que o portão estava fechado, minha prima foi até lá ver e saímos da fila...
Ficamos ali esperando para pelo menos ouvir o show.
Estávamos na rua entre o Parque e o Museu e não havia PM nem povo do evento ali para falar qualquer coisa que fosse. Apenas nós: olhando para aquilo...

A multidão que estava ali começou a pular a grade, aos montes, a polícia viu e não fazia nada, só esperava o caos final (vão entender). Até que ouvimos o estrondo de balaçarem as grades e tentarem arrombar o portão - que não vimos se conseguiram ou não.
Ficamos apavoradas.
E ficamos mais ainda, porque pareceu cena de cinema: na outra ponta da rua estava toda a tropa de choque e vinha pra cima da gente.
Pareceu cena de filme porque estavam todos ali, ESCONDIDOS, esperando para atacar, estava tudo na penumbra e ao barulho do ataque ao portão as luzes dos carros dos PMs se acenderam e vinham pra cima da gente.

FOI A CENA MAIS COVARDE QUE VI NA VIDA!

Vinham batendo o cacetete no escudo, e outro na frente jogava bomba de gás lacrimogênio ou sei lá do que... vi duas bombas estourarem perto de mim da minha prima e de outras pessoas que estavam todos ali apenas paradas e apavoradas.
Comecei a me sentir como os estudantes na ditadura militar que apanhavam da polícia, não conseguia sair do lugar.... meu coração disparou e quase chorei... não chorei porque não tinha tempo... precisávamos lutar pela nossa vida.
Nos grudamos na grade do portão do Museu, achando que deixariam-nos passar e não ficar no meio daquilo, mas o policial fazia sinal para que fôssemos encurraladas na multidão e saíssemos ali da grade.
Minha prima só me dizia: não larga minha mão, Rê!
E um casal ainda tentou passar por eles, dizendo que moravam pra aquele lado e os policiais não deixavam, só sinalizavam para irmos pro furação. Tivemos que largar a grade, agarrar muito forte a mão uma da outra e correr de pavor.
A multidão parecia ainda não entender o que acontecia e alguns não sei se chapados ou débeis mentais mesmo falavam: da hora! nunca fui preso!
E nós corremos como loucas no sentido contrário enquanto escutamos bombas e outras pessoas corriam. Nosso medo éramos ser acertadas ali por uma daquelas bombas, apanhar, sermos pisoteadas... tudo de ruim passou pelas nossas cabeças.

O mais triste é que só queríamos ver um show num domingo a tarde, aproveitar o dia no sol.
Mais triste ainda foi ouvir pessoas exclamando essas insanidades, afinal ninguém ali era um monstro pra ser tratado daquela forma. Ninguém tem que ser preso porque quer ir a um show no domingo.
Ninguém ali merecia aquilo, merecíamos ter sido avisados, tratados com respeito e nada daquilo teria acontecido.

Demos a volta inteira no parque para pegar o carro, ainda achamos um lado aberto do Museu, fomos até lá e vimos, ao longe, o telão, mas depois de tudo que aconteceu não tínhamos a menor vontade de estar ali, fomos embora.
Totalmente perplexas, amedrontadas, exaustas e tristes... desconcertadas... ainda não me recuperei de ontem...



PARABÉNS CULTURA INGLESA QUE DE INGLESA SÓ TEM O NOME!
A DESorganização fez jus em ser brasileira. Infelizmente, pensei que finalmente começaríamos a sermos profissionais, éticos e cuidadosos com o público.

Ah, mais uma coisa: estudei por 2 anos e meio na Cultura, de alguma forma, também paguei o show que não vi.

138-Uma música de uma banda que você acha que não merece fazer sucesso

A pior banda do Universo de todos os tempos...
Na verdade, não merecia existir esse troço de LOSERmanos... bando de ridículos!

Nossa, acabei de estragar todo meu desafio com esse lixo no meu blog... que horror!
Vade retro!
Deu um sono isso... que chatíiiiiiiiiice!

sábado, 26 de maio de 2012

136-Duas músicas que você ache muito parecidas

Pra mim, o segundo copiou descaradamente...



O 'ouuuuuuhuh' é "igual quinem" rs ouçam...



e o clipe não lembra em algumas cenas? James Blunt, safado! rs

segunda-feira, 21 de maio de 2012

131-Uma música que merecia um clipe

Eu SEEEEMPRE quis um clipe pra essa música... (eu simplesmente A-MA-VA essa música - e eu deveria ter uns 12 anos rs)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Entre um desafio do dia e outro... um reencontro

Vou falar sobre uma pessoa que reencontrei - 98% de certeza que era a mesma pessoa - ontem.

Para entender de quem se trata, vá até o link na postagem do dia 21 de outubro.

Depois do trabalho e pegar o trem pra voltar, ainda tenho que pegar um ônibus para chegar até em casa. Seria por volta de 20 minutos andando e mesmo assim, à noite, não acho aconselhável.
De ônibus é bem rápido, mas dependendo do trânsito que em findomundópolis só aumenta, às vezes demora mais tempo do que gostaria.
Ontem não sei se demorou para chegar até meu ponto, estava tão preocupada em terminar o capítulo do livro que estou lendo que mesmo com a luz fraca do ônibus quis terminar.
Era uma das primeiras da fila esperando pelo bus, daí decidi sentar lá no fundão, perto da porta de trás, porque eu odeio a mania que o povo  tem de ficar se espremendo, sem necessidade, na porta que fica do lado do cobrador. Eu voltei com mais horror à muvuca... E como a maioria fica ali, é claro que fui lá pra trás pra ler tranquila e sem gente se espalhando do meu lado - como adoram fazer! Mas isso é assunto pra outro dia...


Daí, outras pessoas também já tinham ocupados os lugares, e só uma menina no mesmo fundão que eu, no outro lado. Não sentei na janela, ia descer logo e sempre tenho a absoluta certeza que se sentar na janela, alguém vai sentar do meu lado, preferi o banco do lado, perto do banco do meio, lá no fundão mesmo e assim fiquei sozinha, como queria!
Fiquei lá lendo, faltava pouco pra terminar o capítulo, uma folha e meia.

Percebi um rapaz que sentou do lado de outra moça, naquele banco que fica atrás do alto, normal, até perceber que ele me olhava, primeiro estava no celular (não ligando) e daí a pouco me olhou com insistência. Olhei, como se olhasse o que acontecia dentro do ônibus, não fixamente pra ele, pensando "o que esse bosta está olhando?" (mais antissocial, impossível, ainda mais que essa é outra coisa que me irrita: pessoas te olhando, te encarando). Achei que o cara via qual era o carro que vinha atrás, sei lá... não era ninguém que eu conhecia mesmo... algo assim. E ainda, pra desencargo, quando ele virou-se para a frente, olhei um pouco mais e não reconheci, era um cara com cabelo bem baixo, castanho, que não largava o celular que na mesma mão esquerda tinha uma aliança. Ainda pensei: não é aluno meu, não é alguém que conheço, não estou sendo mal educada... se fosse alguém que conheço, me chamava pelo nome ou diria "ei, professora!"

Até novamente perceber o olhar dele e não me desviar do meu livro.
Terminei o capítulo e estava muito mais preocupada com o que lia, pensando sobre o que lia, sobre minha vida... divagava... refletia... o olhar pra mim, nem era sentido... até que estava perto do meu ponto e o rapaz insistentemente me olhava e dei uma olhada arrumando minha mochila e levantando para pô-la nas costas: um bom jeito de olhar tentando disfarçar e... reconheci.
Por trás daquele cabelo baixo, dos óculos e da aliança na mão esquerda, reconheci o menino que conheci há quase 5 anos no trem. Ele parecia quase querer gritar para que eu me lembrasse dele, se remexia todo no banco, mas não falava palavra.
Quando fiquei de costas pra ele e de frente pra porta, mais uma vez disfarcei e olhei pelo reflexo da porta, ele estava olhando ali também, e eu disfarcei e não o encarei pelo vidro, como talvez ele quisesse.
Desci e andei devagar para ele não ver para onde eu ia, mas sim, deveria ser o garoto insistente do trem, parece não haver dúvida...

Não dei nenhuma chance para ele.
Não dou chance para quem tem uma aliança na mão esquerda.
Afinal, o que ele queria falar comigo, se desesperar para que eu olhasse pra ele?
O que isso ia mudar?
Queria que eu o reconhecesse? Sim, mas e daí?

Ele perdeu o encanto e a força quando cortou as madeixas. Principalmente quando tudo isso se junta a uma aliança de casado.

O mais engraçado, é que eu tinha me lembrado dele esses dias quando voltava no trem...
Agora já sei o que aconteceu com ele, e ele também sabe de mim e espero que não se esforce para saber mais que isso tentando pegar novamente o mesmo ônibus que eu.


127-Uma música para fazer esporte

quarta-feira, 9 de maio de 2012

120-Uma música que te lembre uma festa que você foi

Era uma das famosas festas de Halloween da SanFran (Faculdade de Direito da USP), a primeira banda da festa tocava essa música e eu na fila do banheiro com todas as meninas esperando, ou no banheiro, cantando o refrão:

quinta-feira, 3 de maio de 2012

114-Uma música com um clipe engraçado

Quando eu tinha uns 9 anos (não lembro) eu achava muito engraçado




tinha esse também!!!





Reparem que tem até o Kaddafi rs


atualmente:


segunda-feira, 23 de abril de 2012

104-Uma música que você quer que toque no seu funeral

Não quero que toque nada, nem quero funeral... então vai essa



Cenas de um dos primeiros filmes com o Sr Iron Man Robert Downey Jr.

terça-feira, 17 de abril de 2012

98-Uma música que você não consegue entender a letra

eu não entendo o que ele canta, em nenhuma música!!

pois... "spice boys... spice boys..." rs sério... era isso que eu entendia rs

segunda-feira, 16 de abril de 2012

quinta-feira, 12 de abril de 2012

93-Uma música de um/a artista/banda no/a qual você se considere viciado

Tim Burton + The Killers! WOW!!

Cenas do filme "Jasão e os Argonautas" que meu irmão sempre queria ver e nunca conseguia, no SBT rs + imitação de cenas de Além da Eternidade.


quarta-feira, 21 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

quinta-feira, 1 de março de 2012

51-Uma música que te dê calafrios

Pior que isso só Is This Love? do horríveis Whitesnake ou Hole in my Soul do Aerosmith rs

Ruim Jovi o nome já diz, mas essa eles superam! Ainda mais com a novelinha horripilante, dá calafrios MESMO!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

45-Uma música que te lembra um hobby seu (especifique qual)

Assistir séries desde que me conheço por gente é um hobby ou um vício?

Bem, se é um hobby, essa música é tema do personagem Gregory House (tema do personagem e não abertura da série que é do Massise Attack).

Cantado pelo próprio Hugh Laurie.





sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

24-Uma música para celebrar

tem outra? não lembro rs

yahoo! (e nem é o site, muito menos aquele conjunto brega rs) e ainda é sexta!


terça-feira, 31 de janeiro de 2012

23-Uma música que te da raiva

vai, você tem que soltar a raiva quando pula com essa... rs Tom Morello, te amo, viu? rs (e nem é porque você saiu do Harlem e foi parar na Harvard...)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

22-Uma música para aliviar a raiva

Bem, quando era adolescente eu aliviava assim... ficando deprimida... hoje já sou deprimida então, quando estou com raiva, não consigo ouvir nada rs

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O desafio musical dos 250 dias - 18-Uma música que você curta e seus amigos também

Depois dessa, pode ter contradições entre mim e eles rs



Redação do Enem, a polêmica

A todo momento estão falando do direito dos alunos que prestaram o enem verem ou não as suas redações corrigidas e eu não entendo porque toda essa novela...
Primeiro porque ela não valia grande coisa ou nada para vestibulares como USP, Unicamp e Unesp que têm suas próprias redações e critérios. Agora vale alguma coisa em algum vestibular que não quer ter trabalho de aplicar redação para não ter trabalho e gastar dinheiro em correção?
Segundo, se a correção das redações continua do mesmo jeito que do último ano que trabalhei nisso, então, é claro que querem esconder porque muito pode ser argumentado contra a forma que se é corrigida.

Repito, se ela é corrigida do modo que começou a ser feita a partir de 2006.
Bem, como não sou mais da banca e a atual banca não é a mesma de quando trabalhava, acho que posso contar como era.

Quando corrigia a banca era toda em São Paulo, na capital, o professor que era o coordenador geral, era da USP e para você participar da banca, que compreendia por volta de uns mil corretores, você passava por uma entrevista com ele e deixava seu currículum. O mais importante para ele é ter uma boa formação na área de Letras, ser formado e fazer pós, mestrado, doutorado e, de preferência ser professor que trabalha na área.

Comecei a trabalhar na correção a parti de 2002 e fiquei até 2006, ano da primeira mudança na banca e nas correções.
Conheci pessoas que estavam na banca desde o primeiro Enem, mas isso não quer dizer muita coisa porque, como eram poucos no comecinho, eram todos indicados, em maioria. O Enem no princípio não valia nada para quem era de escola pública, não dava pontos pra FUVEST e a inscrição era cara.
Só com a pontuação valendo pra fuvest e a inscrição gratuita é que precisaram de um batalhão de corretores, a partir de 2001, por causa da quantidade de inscritos a partir daí. E esse número de corretores só aumentou porque precisávamos entregar as todas as redações corrigidas em um mês.

Cada professor tinha 100 redações para corrigir em quatro horas.
A empresa que ganhava a licitação para corrigir o Enem alugava prédios ou partes deles para que estivéssemos corrigindo todos num mesmo lugar.
Vinham professores de outros estados e passavam o mês em Sampa na correção.
Não porque o salário fosse bom, o salário só era vantajoso para que muitos tirassem até licença do trabalho para corrigir porque se ganhava muito em pouco tempo.
Ou seja, você trabalha muito em um mês e ganhava por isso, pra muita gente parecia que se estava ganhando muito, mas é ilusão se você pensar que corrigia em um mês por volta de 2.400 redações. O que você viesse a ganhar era por ter trabalhado muito em pouco tempo, nada demais para o esforço físico e mental.
Se corrigir de segunda a sábado e muitas pessoas faziam dois turnos - principalmente quem vinha de outras cidades e estados e ia ficar em Sampa.
Havia 3 turnos: manhã, tarde e noite - o noturno só funcionava de segunda a sexta, mas se o número de redações era imenso, era perguntando se o pessoal do noturno poderia vir nos sábados de manhã e/ou a tarde para corrigir. O que muita gente fazia.
Eu mesma cheguei a trabalhar até 8 da noite de sábado dado o número imenso de redações que ainda faltavam ser corrigidas e o prazo se esgotando - nesse caso, perguntavam quem poderia fazer mais duas horas (ou seja, mais 50 redações) etc. Além de fazer os 3 turnos num dia.
Isso só mostra que a empresa contratada não passava um número exato de quantas redações seriam corrigidas o que inviabilizava um cronograma correto para as correções e também um número exato que se precisaria de professores para esse trabalho.
Quando achávamos que estávamos acabando, víamos chegar mais caminhões com pacotes e pacotes de redações.

A correção em São Paulo tentava ser a mais correta possível. Para cada grupo de por volta de 14 corretores, tínhamos um supervisor, acima deles havia uma banca de coordenadores e mais o coordenador geral que estava sempre presente.
Os supervisores passavam por um treinamento de 2 dias antes dos corretores, para que pudessem fazer nosso treinamento de forma uniforme depois, outros dois dias.
Os treinamentos tentavam fazer com que o grupo estivesse uniforme na forma de corrigir, para não haver discrepâncias em nota.
Havia uma amostragem de redações daquele ano que era corrigidas por todas as turmas em treinamento. Nas discrepâncias de nota e professores que não concordavam com alguns critérios era preiciso rever todos os conceitos e chegar num acordo, enquanto o grupo não parecia "entender" as regras, não estava preparado.

O que quero dizer sobre entender as regras é porque cada processo avaliatório tem suas próprias regras, com corretores de cursinhos,  vestibulares etc etc na banca, cada um já tinha um parâmetro de correção, que não era exatamente do Enem.
Imagine: um corretor da Fuvest tem em mente muito mais os erros que podem eliminar um candidato à vaga, diferente do Enem que não elimina ninguém, mas está aí para te mostrar onde você está errando ou acertando.

Além de algumas redações polêmicas ou problemáticas que já eram encontradas no treinamento e o que fazer com elas, na maior parte das vezes, iam diretamente para o supervisor que se ainda assim tinha dúvidas, ia pra coordenação e, se ainda o caso não fosse resolvido, coordenação geral dava o veredicto final.
Isso também acontecia muito com caligrafia... corrigi uma que ninguém no prédio todo conseguiu ler.

Durante a correção, num ano que o tema foi a mídia, um dos "textos-estímulo" falava sobre televisão e, acredito, 80% das redações falavam de televisão e não de poderes da midia de modo geral.
Como era uma massa falando erroneamente sobre o tema e seria injusto dar zero ou um de tema para todo mundo, o Enem aprendeu com isso: a deixar mais claro o tema para que o aluno não se perca, mas as notas cairam, mas sem zerar ninguém.
Se fosse um vestibular, claro que esses alunos já estariam desclassificados, mas o Enem não surgiu, que eu saiba, com essa intenção.

Corrigi nesse ritmo até em 2005 com uma nova empresa ganhadora para a correção mudar para 120 redações em 4 horas, o que fez com que bons profissionais saíssem da correção por achar isso demais.
Realmente 100 redações não é fácil serem corrigidas em 4 horas, claro que parávamos quando queríamos para descansar a cabeça. Sempre havia uma lanchonete no prédio pra dar conta de tanta gente querendo um cafézinho etc.
Antes dessa mudança e por conta dessa "paradinha" das pessoas, problemas surgiram. Vocês sabem como é o ser humano, né? Ainda mais brasileiro com aqueles velhos lemas que impregnam a nação: levar vantagem, dar um jeitinho...
E, esses "espertos" pensando que ninguém estava reparando que passavam mais tempo batendo papo na lanchonete (soube que no turno da noite alguns passavam mais tempo vendo novela do que corrigindo) e, suas redações foram verificadas e alcunhamos de "espresso 2222".
Explico, o critério de notas era de 1 a 4 em cada quesito, 2 parece um número que não prejudica ninguém e essas pessoas, voltavam da sua novela e lascavam o espresso pra terminar de corrigir.
Elas foram descobertas e banidas da correção, daí também termos nesse ano, acho que de 2003, problemas no término da correção: as correções de umas 10 pessoas foram revistas. E demoramos mais e fizemos esses horários extras de correção. Imagine, algumas pessoas eram doutorandos da Unicamp!

Mas calma! As redações passam por 2 correções. Isso quer dizer que duas pessoas diferentes dá notas, na folha da prova de redação há umas bolinhas de 1 a 4 e três vezes a mesma sequência, quem fez a prova já viu?
Cada sequência é para cada correção.
Então, todo mundo corrigia e se marcava quem havia corrigido determinado pacote e esse pacote ia pra mão de outro corretor que corrigia novamente - cada tarja de correção era retirada, o segundo corretor não sabia qual foi a nota que o primeiro atribuiu. E se as notas ficassem parecidas, ok! Senão, a redação passava pela terceira correção.
Imagine que um corretor entrou no espresso 2222 e na segunda correção o texto era 4444, terceira correção na certa!
E claro, casos mais difíceis passam por lá.
Em 2005 fui chamada para a terceira correção, corretores mais afinados, segundo eles, eram escolhidos para essa fase.
E realmente, lembro que as redações que peguei eram pedreiras! Davam margem a toda hora você ter que chamar seu supervisor rs
Mas apesar dos problemas, tentávasse manter o nivel da correção sempre. O coordenador era muito presente e tudo andava às claras.

Em 2006 quando a licitante continuou a mesma que queria 120 em quatro horas, foi estabelecido a correção via internet.
Eu fui uma das poucas pessoas que ficaram na correção, a grande maioria de minhas amigas não foram chamadas e eu atribuía ter ficado por ter participado da terceira correção no último ano, porque todo o grupo de anos, foi praticamente dizimado.
O professor coordenador da USP ficou apenas como consultor da correção para o MEC, ele não concordava com o tipo de correção que começava a ser estabelecido: cada um no seu estado e em casa, sem saber quem é quem. E preferiu não ser mais coordenador geral.

Percebi que ele tinha muita razão nisso. Quando fui ao treinamento, juntaram todas as pessoas que iriam corrigir só são paulo e encheram uma sala enorme de paletras de uma universidade particular daqui. O pessoal que coordenava veio de Brasília e passava por datashow as informações sobre como seria nosso trabalho, os supervisores, naquele ano, tinham passado por treinamento em Brasília para conhecer o software da correção, não fizemos nenhuma correção dos textos daquele ano no treinamento, só vimos tudo por datashow.
Então, todo mundo tinha 120 redações para se corrigir no dia e em casa. Acessando o tal programa com senha e tendo que entregar via programa para o supervisor que depois dava feedback, via email sobre as correções.
Muitas redações eram mal escaneadas e você não conseguia ler pra corrigir. Mandavam de volta e o programa me mandava a mesma redação novamente. Até que avisei a supervisora e ela me disse que eu teria que corrigir do mesmo jeito, daí mandava para ela e falava: como?
E realmente ela ficava do meu lado, algumas vezes era a letra do aluno em uma redação escrita a lápis e escaneada, era um terror! Quando não o escanemento tinha dado problema e a redação estava pela metade.
Ela chegou a conversar e mandar as redações de volta, e ainda assim, algumas voltaram daquele mesmo jeito e me cobravam por não ter corrigido a "minha meta do dia".

Quando fiz o tal treinamento meia boca com o mínimo de pessoas da correção, percebi que as pessas que haviam ficado eram exatamente algumas que eu sabia que tinham algum motivo para estarem ali (como donas de um cursinho importante no Vale do Paraíba) e senhorinhas que já não conseguiam mais corrigir no papel e não sabiam usar um computador. Uma delas até falou: vou pedir pro meu neto me ajudar.
Imaginem como fiquei indignada com isso: se não pode, deixa o trabalho pra quem pode! Afinal, vocês já entenderam onde eu quero chegar sobre quem corrigiu aquelas redações da tia, né?
Enquanto amigas minhas que trabalhavam muito bem não foram chamadas. Eu, até hoje, acho que fui chamada por engano, alguém confundiu meu nome com de alguém que queriam chamar.

No ano seguinte, 2007 não fui chamada, mas conversei com minha supervisora sobre uma vaga, naquele ano não se corrigia em casa, mas alugaram um espaço em uma universidade particular para corrigirem em computadores e todos num mesmo local. Parece que tinham até vaga, mas não para o horário que eu poderia corrigir.

Ainda em 2006, com essa mudança de cada um corrigir por estado, conheci uma senhora de um estado do Nordeste, ela estava, como eu, passeando em Manaus e no meio da conversa descobrimos que corrigiámos Enem. E ela me disse que era formada em Letras, mas não dava aulas, trabalhava na Secretaria da Educação de lá e ela e outras amigas da Secretaria da Educação é quem corrigiram as redações do Enem do Estado.

Com tudo isso o que quero dizer? Você acham mesmo que querem que a correção da prova de redação seja vista? Se o seu estado coloca seus funcionários da parte administrativa para corrigir redações do Enem quem é o maior interessado nas notas? Eu ou o governador dali que quer mostrar bons resultados?

Vocês podem dizer que sou bairrista, mas nós, em São Paulo, só sabíamos de onde era uma redação quando o próprio aluno dizia no corpo do texto, de outra forma não sabíamos e ninguém poderia puxar o peixe pro seu lado...
Agora, não querem em São Paulo, façam em Brasília (apesar de que... né? preciso terminar?) e juntem todo mundo sem saber de qual lugar corrigem!
Bem, acho que era isso que tinha pra falar sobre a redação do Enem...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Desafio Musical De 250 Dias. 16-Uma música que você acha a letra ruim



Não consegui eleger uma música e também não vou colocar link porque coisa ruim é melhor deixar escondido rs

Mas acho que Os Tribalistas ganham disparado nesse quesito... porque citar axéExu é chover no molhado, né?

domingo, 22 de janeiro de 2012

O desafio musical - 14 e 15

Esqueci de postar ontem a número 14 e já emendo a 15...

14-Uma música que te traga memórias boas




15-Uma música que te traga memórias ruins eu amo a música, mas ela foi meio que profética...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O desafio musical de 250 dias - 13-Uma música que te deprima

Eu tenho músicas pra quando estou deprimida, mas que me deprima tem que ser algo realmente horrível!

Porque essa música é chata, repetitiva e a banda, sempre achei uma merda! Farofona!
Já quis até criar no orkut a comunidade "odeio whitesnake" mas fiquei com medo de apanhar rs


Diz que não dá depressão ouvir e ver algo tão ruim?


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O Desafio Musical De 250 Dias. 10-Uma música que você quer apresentar as pessoas

Christy Mooore é um senhor irlandês muito simpático que fez a música
grudar no meu ouvido no London Feist, se apresentou antes do Bob Dylan,
mas todo mundo só saiu cantando essa dele.


Conselho: NUNCA assista a um show do Bob Dylan, ele morreu e deixou um cachorro engasgado no lugar.
Daí todo mundo sair cantando as músicas do show anterior ao do Dylan...




quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O desafio musical dos 250 dias - 9 - uma música que você odeie

São VÁAAAAARIAS as que eu odeio, principalmente em "língua materna", mas uma que só de ser citava pode ganhar minha fúria é a música do Gabriel, o Enganador e seu bullying às loiras.

Capaz, que hoje, ele deve pregar o "politicamente correto" (modinha, né?) depois de inaugurar o bullying às loiras no Brasil, um país pouco machista e que nunca ninguém gosta de um bullinzinho... né? Agora deve fazer letrinha tosca falando de ser legal e contra preconceitos...
Ou sejaÇ mais um hipócrita.


Obrigada Enganador por fazer com que muitas mulheres fossem ofendidas na rua (e no trabalho - escola) simplesmente por terem (no meu caso) nascido com um cabelo claro, o que teve que ser motivo pra ódio, né?
Brigadão pelo seu LIIIIINDO e importante trabalho de ajuda a mais um tipo de preconceito e, a partir daí, violência!
Nunca vou te esquecer!
E olha que por mim, teria te arrancado do palco do estádio do morumbi no show do U2


não tem video, não vou fazer propaganda de lixo e fazer apologia às drogas (ele) e ao bullying

domingo, 8 de janeiro de 2012

sábado, 7 de janeiro de 2012

O desafio musical - parte 2

6 - Uma música da sua banda preferida

Quer dizer, A música da minha banda preferida!!!!!

(Amor no segundo video que vi deles rs como eu sonhei estar num show assim! estive num, mas não assim rs)


O desafio musical de 250 dias

Bem, como disse, já comecei a postar no Facebook e posto agora o que já está lá


1 - Uma música que lembre a sua infância

Pertencia a minha tia um compacto simples que ela ouvia todos os dias, eu sabia de cor, até iêiêiêêê do Freddie e o "beautiful" que ele falava pro público, sabia fazer a parte do público e imitava também... é, e assim começou a vida musical de uma fã de britorock...
Love of my Life - Queen 
2- Uma música que você ache engraçada

Afinal, é engraçado ver marmanjo cantar sem saber do que se trata a letra rs no mínimo pensam que a letra fala de um pegador rsrsrsrs

Short Dick man - 20 fingers
3 - Uma música que te faça dançar

Não sou nenhuma pé de valsa, mas na Charles Bridge, Praga, ao ouvir um realejo tocando essa música, cheguei a dar uns passinhos sozinha... acho que estava embriagada, de alegria :D
Tema de Lara
4 - Uma música que você saiba a letra toda

São muitas, acho, se a idade não esteja me pregando peças, mas escolhi uma que eu adorava cantar por causa do "eu tenho que aprender num desses seriados de TV" -- ainda estou tentando rs
Paralamas do Sucesso - Cinema Mudo
 
5 - A música com um dos seus solos preferidos

Ave, Clapton!
 
Eric Clapton - Layla 

De volta!

Depois de um longo e tenebroso inferno europeu, estou de volta. Ainda estarei me dedicando ao outro blog, sobre as aventuras em Londres porque, mesmo estando de volta ao Brasil, ainda sofro de readaptação.
Sim!
Estou me readaptando ao Brasil e lá é o blog certo para falar sobre isso.

Não postei o endereço do outro blog aqui porque tive problemas com pessoas que liam este, então, se você quiser ler o outro, mande um e-mail pra mim (meninaenciclopedia@gmail.com).

Volto aqui, pra começar, postando meu desafio musical dos 250 dias.
Já comecei no Facebook e agora posto aqui, porque tenho certeza que vou me perder por lá rs