sexta-feira, 30 de julho de 2010

So long, farewell

Hoje este blog marca uma nova fase.
Ficará sem ser atualizado porque terá um novo nome - outro link.
Quem quiser, por favor, me peça. Não pretendo divulgar aqui, tenho meus motivos.

Durante esses anos, lá se vão quase 8 (!!!) escrevendo, fiz muitos amigos, contei muitas coisas legais, ruins, irritantes, engraçadas, sarcásticas... inimagináveis...
Este espaço não acaba, só passa para um outro local por algum tempo ou muito tempo, não sei.

Sei que foram dias muito felizes, neste blog e fora dele.
Meu caminho no momento é outro, mas nunca esquecerei do grande número de amigos que nesses dias manifestaram seu carinho por mim.

Muito obrigada a todos!

Até àqueles que nem sabem que esse blog existe, mas que fazem minha existência mais feliz.
Estou muito feliz de saber o tanto de pessoas que realmente gostam de mim, que têm apreço pela minha pessoa, que se importam e que me valorizam.
Amo todos vocês e sempre vou querer o melhor para todos!
Até você aí que lê esse blog sempre e nunca se manifestou e que talvez eu nem saiba que você existe: obrigada! Obrigada por prestigiar esse espaço!

Obrigada Deus por ter tantas pessoas maravilhosas na minha vida e que me ajudam sempre!
Amém!

Felicidades pra todos nós! Sempre!






Bem, a cena que eu queria não era essa, mas a música sim (queria a cena que cantam essa no festival, antes de fugirem dos nazistas...).

Eu já disse que esse é um dos meus filmes favoritos?

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vingança?

Não sei se posso chamar assim, acho que foi mais um desabafo...

No mês de junho estive totalmente de saco cheio do carandiru, vulgo escola, estava praticamente em ritmo de férias de final de ano - que você sabe que terá muito mais tempo longe do sofrimento.
Acredito que muitas pessoas na escola, principalmente alunos e professores mais próximos, perceberam a minha distância. Uma distância por vontade de acabar com aquilo o mais rápido possível, algo como uma "eutanásia trabalhística" rs antes que eu explodisse e joga-se meleca no ventilador...

Não sei se dará certo meu novo projeto de vida, mas é uma tentativa de quem não quer ser como os outros professores que não veem mais saida para a vida deles, a não ser continuar num trabalho desgastante, que ninguém reconhece, ganhar pouco e, ainda por cima ficar se lamentando da vida. Não quero isso pra mim, por isso estou tentando algo novo, totalmente inusitado, longe, mas que me tratá benefício, nem que seja apenas pelo gosto de passear pela Europa...

Quem me conhece sabe que eu sou assim: não consigo me conformar com as coisas, não gosto de ficar parada e não quero e, claro, estou sempre muito perplexa. Tenho sede de mudança.

Na última semana de aula com alunos, não aguentei...
Depois de ter passado o final de semana todo corrigindo trabalhos e vendo que um era cópia do outro, além de cópias descaradas da internet. Fiquei mais uma vez perplexa, raivosa de não conseguir aceitar como esses adolescentes, meus alunos, podem ser tão alienados e se acharem espertos!
Não me conformo de que as pessoas levem a vida como um nada, sem perspectivas, sem um pingo de entusiasmo, o único entusiasmo deles é sexo, drogas e funk... o que não ajuda muito.
Estão totalmente absorvidos pela mídia, muito mais do que no meu tempo de adolescente... cada geração piora, porque os pais não orientam! Eles tem grande culpa nisso, acham que dar um celular que faz pipoca vai tornar o filho dele melhor, melhor em quê? Na escola? Na vida?
De jeito nenhum! Os torna uns consumistinhas de quinta categoria, acéfalos que querem comprar tudo o que veem pela frente, seja coisas materiais como ideias prontas. A ideia pronta que você der a ele, ele compra, pode ter certeza! (boa essa, não é, políticos?)
Essa falta de pensar me irrita profundamente!
Pois, ao invés de usarem a tecnologia a favor deles, usam apenas como um "engana professora". E não enganam, nem a mim, nem a ninguém.
Alguns professores que aceitam trabalhos dessa forma também são culpados, sabem que se trata de um trabalho vazio, porque não leram nem entenderam nada, mas preferem aceitar do que pedir pra refazerem e terem outro trabalho de corrigir.
Eu tive esse trabalho.
Ao ver uma massa de cópias, chegar a dar zero para 35 alunos (!!!) de uma mesma sala de 47 estudantes. Fui obrigada a pedir uma redação para fazerem na hora como recuperação.
Pensei "cada um terá que escrever a sua, não dá pra copiar!".
Sim! Dá pra copiar!
Quando avisei as salas que teriam que fazer uma redação para recuperação a maioria chiou "imagina! eu não copiei! eu fiz pesquisa da internet, desse site sim, mas mudei" (copiaram linha por linha, palavra por palavra, até as erradas, pegam em site porcaria por aí...).
Mas eu me revoltei em uma das salas por conta do total descaso e apatia deles...
Eu não consigo ver adolescente como um ser "morto", não consigo conceber essa ideia, mas é o que eles parecem: mortos de tédio, um tédio mortal e irritante do tipo "acaba logo isso pra eu ir pra casa dormir e depois ficar batendo papo no msn"...
Um bando de zumbis vegetais... sim!
Pra mim adolescência é rebeldia e não vegetar!!
Cadê o teen spirit? É só a marca do desodorante do Kurt Cobain?

Comecei a falar sobre ser plágio esse tipo de coisa e riam "plágio!" nem sabem o que significa, mas acharam graça do tipo "lá vem a professora com palavra difícil pra encher o saco e dizer que o que fiz tá errado..."
Repetiam plágio e riam, falava sobre a proposta de redação que escolhi (Fuvest 99 - falar sobre a geração deles rs), faziam pouco caso, principalmente quando eu disse que se o Brasil fosse um país sério iriam pra cadeia ou os pais por plágio... e aí ficaram ainda mais blasès...
Aquilo me tirou do sério (eu já estava no limite da explosão).
Soltei a pérola: ainda bem que está acabando e quando vocês voltarem de férias eu não estarei mais aqui nesse país de merda! Não terão mais essa professora chata que quer tudo direitinho, bem feitinho, que quer que vocês aprendam algo com ela.

Todo mundo queria saber o que eu ia fazer, pra onde ia. Só disse: depois vocês ficam sabendo...

As redações foram mal feitas, a grande maioria, alguns usaram os mesmos exemplos que dei pra explicar o tema - descaradamente falaram o mesmo que eu - ou, sim, copiaram a ideia do colega. Tanto que se o colega saiu do tema, o amigo foi junto saindo do tema e indo pelo mesmo caminho do outro...
Novos zeros... acabei dando 2, 3 pra não ter mais trabalho e porque estava sendo sufocada, como os outros professores, para entregar notas, ajudar na festa junina e ainda querer avaliar a ajuda dos alunos nos preparativos da festa...
Como disse pra minha mãe: eu ganho menos de 7 reais a hora, não dá pra me cobrarem tudo isso! E mesmo que pagassem 100 a hora, não sou 3 pessoas ao mesmo tempo. Ainda mais numa escola que aluno faz o quer e passa no final e professor tem quase que pedir peloamordedeus para aluno entregar trabalhos, porque depois a coordenadora vem no pé (por causa do maldito bônus - notas azuis+ sem faltas = a aumento no bônus da escola = a mascaração da educação no estado, depois dizem que a educação aqui está cada dia melhor, cada dia melhor pra quem quer mandar num bando de alienados...).

Tudo isso me deixa irritadíssima, raivosa, revoltada...
Só sei que minha contribuição ao Brasil eu dei, só que ele não aceitou, o que fazer agora?
Ser faxineira e esperar receber mais respeito do que como professora...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Chegando perto o dia da minha nova escolha...

... e quando li esse texto, falei: nossa! era o que eu precisava ler!

TODOS SÃO CAMINHOS


“...Por que essa porta tão estreita, que é dada ao menor número transpor, se a sorte da alma está lixada para sempre depois da morte? É assim que, com a unicidade da existência, se está incessantemente em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se amplia...” (Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 18, item 5.)

Também os caminhos inadequados que tomamos ao longo da vida são parte essencial de nossa educação. A cada tropeço é preciso aprender, levantar novamente e retornar à marcha.

Tudo o que sabemos hoje aprendemos com os acertos e erros do passado, e cada vez que desistimos de alguma coisa por medo de errar estamos nos privando da possibilidade de evoluir e viver.

A estrada por onde transitamos hoje é nossa via de crescimento espiritual e nos levará a entender melhor a vida, no contato com as múltiplas situações que contribuirão com o nosso potencial de progresso.

Devemos, no entanto, indagar de nós mesmos: “Será este realmente meu melhor caminho?”

“Porventura é correta a senda por onde transito?”

É justa a observação e têm propósito nossas dúvidas; por isso, raciocinemos juntos:

Se Deus, perfeição suprema, nos criou com a probabilidade do engano, modelando-nos de tal forma que pudéssemos encontrar um dia a perfeição, é porque contava com nossos encontros e desencontros na jornada existencial.

Se nos gerou falíveis, não poderá exigir-nos comportamentos sempre irrepreensíveis, pois conhece nossas potencialidades e limites.

Se criaturas como nós aceitamos as falhas dos outros, por que o Criador em sua infinita compreensão não nos aceitaria como somos?

Pessoas não condenam seus bebês por eles não saber comer, falar e andar corretamente; por que espíritos ainda imaturos pagariam por atos e pensamentos que ainda não aprenderam a usar convenientemente, pela sua própria falta de madureza espiritual?

O que pensar da Bondade Divina, que permite que as almas escolham seu roteiro, de acordo com o livre-arbítrio, e depois cobrasse aquilo que elas ainda não adquiriram?

A Divindade é “Puro Amor” e sabe muito bem de nossos mananciais espirituais, mentais, psicológicos e físicos, ou seja, de nossa idade evolutiva, pois habita em nosso interior e sempre suaviza nossos caminhos.

Na justa sucessão de espaço e tempo, condizente com o nosso grau de visão espiritual, recebemos, por meio do fluxo divino, a onipresença, a onisciência e a onipotência do Criador em forma de “senso de rumo certo”, para trilharmos as rotas necessárias à ampliação de nossos sentimentos e conhecimentos.

Diz a máxima: “Não se colhem figos dos espinheiros”(1); ora, como impor metas sem levar em conta a capacidade de escolha e de discernimento dos indivíduos?

Efetivamente, nosso caminho é o melhor que podíamos escolher, porque em verdade optamos por ele, na época, segundo nosso nível de compreensão e de adiantamento.

Se, porém, achamos hoje que ele não é o mais adequado, não nos culpemos; simplesmente mudemos de direção, selecionando novas veredas.

A trilha que denominamos “errada” é aquela que nos possibilitou aprendizagem e o sentido do nosso “melhor”, pois sem o erro provavelmente não aprenderíamos com segurança a lição.

Nós mesmos é que nos provamos; a cada passo experimentamos situações e pessoas, e delas retiramos vantagens e ampliamos nosso modo de ver e sentir, a fim de crescermos naturalmente, desenvolvendo nossa consciência.

Ninguém nos condena, nós é que cremos no castigo e por isso nos autopunimos, provocando padecimento com nossos gestos mentais.

Aceitemos sem condenação todas as sendas que percorremos. Todas são válidas se lhes aproveitarmos os elementos educativos, porque, assim somadas, nos darão sabedoria para outras caminhadas mais felizes.

Mesmo aquelas trilhas que anotamos como caminhos do mal, não são excursões negativas de perdição perante a vida, mas somente equivocadas opções do nosso livre-arbítrio, que não deixam de ser reeducativas e compensatórias a longo prazo.

Cada um percorre a estrada certa no momento exato, de conformidade com seu estado de evolução. Tudo está certo, porque todos estamos nas mãos de Deus.

Pelo espírito Hammed, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, do livro “Renovando Atitudes” (Cap. 42)